Depois de cinco anos, português recebe a bola de ouro pela segunda vez.

Por Paulo Edson Delazari
525_d6e3d007-457b-3e79-8b2c-a95d8671befe

Cristiano Ronaldo chora ao receber a Bola de Ouro. (Foto: Getty)

Nesta segunda-feira, na Suiça, o português Cristiano Ronaldo venceu a disputa de melhor do mundo em 2013. Para conquistar tal feito o craque lusitano teve de superar ninguém mais, ninguém menos que: Franck Ribéry e Lionel Messi, ficando assim com a Bola de Ouro da Fifa, prêmio em parceria com a revista “France Football”. Esta é a segunda vez que ele vence o prêmio. Antes, conquistara em 2008, quando foi campeão da Uefa Champions League e do Campeonato Inglês com o Manchester United.

Dessa forma, o craque do Real Madrid acaba com o reinado de Messi, maior vencedor da história da honraria e que vinha de quatro vitórias seguidas. O triunfo do português foi apertado. Ele teve 27,99% dos votos contra 24,72% do argentino e 23,36% do francês.

Diferentemente do último ano, o camisa 7 “esteve aqui”. Afinal, em 2012, ele e seu então técnico na equipe espanhola, José Mourinho, não compareceram ao evento. Segundo eles, estavam concentrados para um duelo da Copa do Rei. Dessa vez, o meia-atacante, considerado o favorito, foi à cerimônia de gala realizada em Zurique.

No entanto, a presença dele na festa desta segunda-feira chegou a ser dúvida depois que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez uma descrição do atleta português, que não agradou nada a Cristiano Ronaldo. Porém, a polêmica foi superada.

O astro, que foi o vice-artilheiro do Campeonato Espanhol com 34 gols marcados, é o primeiro atleta a ganhar a Bola de Ouro atuando o ano inteiro pelo Real Madrid desde Alfredo Di Stéfano, em 1959. Fabio Cannavaro estava no time espanhol em 2006, quando recebeu a honraria, mas ele só foi eleito o melhor do mundo por causa de suas atuações pela Juventus.

Já Lionel Messi até foi o grande destaque da conquista do Barcelona no Espanhol ao terminar como o artilheiro da competição com 46 gols, mas teve um ano atípico no qual sofreu com muitas lesões. Uma das contusões o fez começar no banco na partida contra o Bayern de Munique, pela volta da semifinal da Uefa Champions League, quando os catalães perderam por 3 a 0 em casa – já tinham caído por 4 a 0 na Alemanha – e viu a hegemonia do seu time ir para os ares.

Franck Ribéry entrou na disputa credenciado pelo ano perfeito do Bayern de Munique, no qual se tornou a primeira equipe alemã a faturar a tríplice coroa (Campeonato Alemão, Copa da Alemanha e Champions). Apesar de os títulos o darem argumentos para vencer a disputa, o francês foi apenas mais um em um time que se destacou pela qualidade coletiva.

622_10777c77-5255-3824-901d-bbf7c188e632

Pelé emocionado ao lado de Blater. (Foto: Getty)

Outros brasileiros que brilharam na festa foram: Fernanda Lima. Ela apresentou o evento com muita simpatia e brilhantismo. Os selecionáveis Daniel Alves e Thiago Silva, foram escalados para a melhor equipe do mundo em 2013 e claro, ele que não poderia faltar, o craque que brilhou com a camisa do Santos e por muitas vezes preterido por jogar em território sul-americano, simplesmente o Rei Pelé. Blater fez uma bela homenagem, declarando muitos dos triunfos do melhor do mundo, dentre elas, o único jogador a vencer três Copas do Mundo, seus 1258 gols na carreira e premiou o ilustre convidado com a Bola de Ouro, uma espécie de correção histórica.

Após muitos aplausos e emoção incontida, Pelé declarou seus sentimentos e agradecimentos de forma bem humorada..

“Eu joguei quase 30 anos, mais de 20 anos pelo Santos e pelo New York Cosmos depois. Eu fiquei com ciúmes, todo mundo recebe a Bola de Ouro, menos eu. Na época, eu não jogava na Europa, o prêmio não era concedido a jogadores sul-americanos, agora agradeço a Deus por ter minha sala de troféus completa”, afirmou o brasileiro, já com o prêmio em suas mãos.

Desta vez Neymar não levou nenhum prêmio, o jogador sequer entrou para a seleção da temporada e de quebra perdeu a disputa de gol mais bonito do ano para Ibrahimovit.