Náutico sufoca zaga são-paulina com cinco no ataque.

 Por: Mauro Ribeiro

Náutico e São Paulo duelaram nesta quarta-feira, nos Aflitos, e o cenário apresentado foi um show de horrores por parte do Tricolor Paulista.

A ESCALAÇÃO

O técnico Ney Franco apostou no 3-5-2, mesmo esquema das últimas partidas, com o trio de zaga formado por João Filipe, Rafael Toloi e Rhodolfo, para dar mais liberdade aos alas Douglas e Cortez; e Cícero improvisado no ataque, ao invés do centroavante de ofício Willian José.

O NÁUTICO

Pelos lados do Timbu, Martinez, Rhayner e Souza formavam uma linha no meio de campo atrás dos atacantes Kieza e Araújo, a fim de impedir que os alas são-paulinos se aventurassem constantemente ao ataque.

O trio ainda pressionava a saída de bola feita pelos zagueiros e volantes são-paulinos, com o intuito de impedir que ela chegasse com qualidade aos pés de Jadson.

AS ALTERAÇÕES

Ao perceber que o time estava acuado em seu próprio campo, Ney Franco promoveu a entrada de Casemiro, no lugar de João Filipe, logo aos 10 minutos do primeiro tempo. A intenção era preencher a cabeça-de-área com dois volantes e impedir que os pernambucanos tocassem a bola pelo setor.

            Outras tentativas foram a substituição de Jadson por Willian José, a fim de segurar mais a bola no campo ofensivo; e Paulo Assunção por Douglas, para trabalhar as jogadas nas costas de Douglas Santos e, posteriormente, Lúcio.

Nenhuma das tentativas surtiu efeito.

OS ERROS

O São Paulo tem um bom time e elenco suficiente para brigar pela ponta da tabela. Porém, necessita, de forma urgente, corrigir três aspectos:

1) O Passe: os são-paulinos abusam dos passes errados, principalmente no momento em que a bola é conduzida ao ataque. Desta forma, as equipes adversárias usam o contra-ataque como arma principal nas partidas diante do Tricolor, com a certeza de que irão pegar a defesa sempre desprevenida;

2) A Movimentação: a equipe do São Paulo – principalmente os homens de meio campo – se movimentam pouco durante a partida. Quando os zagueiros dão início às jogadas, quase sempre são obrigados a rifar a bola para os atacantes, pois os volantes e meias não se desvencilham da marcação adversária.

3) O Reposicionamento: quando o São Paulo perde a bola no ataque, os jogadores demoram para se posicionar corretamente no campo. Com isso, há um espaço considerável entra a faixa defensiva e o meio-campo. E é justamente nesse espaço que os adversários “fazem a festa”.