Mais uma Liga das Estrelas termina.

Por: Mauricio Bonato

Muitos recordes foram batidos, coisas que pareciam impossíveis em décadas de campeonato, aconteceram nessa temporada, Real Madrid e Barcelona, como quase sempre, se destacaram e destacaram ainda mais o torneio, apesar de os dois gigantes, terem fracassado na principal competição de clubes do mundo, a tão esperada final espanhola não passou de um sonho, que um dia, com certeza, será realidade.

Uma Liga que teve, pela primeira vez, uma equipe chegando aos 100 pontos, o Real Madrid, de forma merecida e incontestável conquistou seu 32º título nacional, agora comandado pelo excelente José Mourinho, marrento, mascarado, inteligente, astuto e tudo o mais que você quiser dizer e pensar dele, mas inegavelmente, vencedor, esse tem estrela e trabalha bem, sabe montar grandes times e não adianta dizer que só faz isso porque está em clubes ricos, ele penou contra o Barcelona de Guardiola nessas duas temporadas e mesmo assim, conseguiu tirar do rival dois títulos: a Copa do Rey da temporada passada e agora o Campeonato Espanhol, assim, Mourinho completou o que ele mesmo chama de Grand Slam: venceu Copas e Ligas em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha, respectivamente com o Porto, Chelsea, Internazionale e Real Madrid.

O Real Madrid comandado por Cristiano Ronaldo chegou aos 121 gols, recorde absoluto em todos os tempos, o clube “merengue” atingiu a marca de 32 vitórias, 4 empates e só 2 derrotas em 38 partidas, o português foi o vice-artilheiro da temporada fazendo 46 gols, 04 atrás do gênio máximo do futebol contemporâneo, Lionel Messi, que chegou à marca de 50 gols na Liga Espanhola, recorde estabelecido batendo a marca do ano anterior, do português, que era de 40 gols, o argentino foi também o máximo artilheiro do futebol europeu em todos os tempos, 72 gols em uma temporada (somando a Liga, Champions, Copa do Rey – ainda disputará dia 25 de maio a final contra o Athletic Bilbao), sem contar os gols pela Argentina (foram 07) e chegando também à artilharia máxima em todos os tempos com a camisa do Barcelona: 252 (até agora).

Além de Real e Barça, Valência e Málaga se classificaram para a próxima Champions League, o último com investimento árabe disputa pela primeira vez a competição e entra na fase preliminar, o Valência sendo o terceiro melhor, ganha simbolicamente a “Liga real”, ficando atrás dos gigantes que detém mais de 50% dos recursos da TV para os 20 times da Liga a cada temporada, por isso a diferença tão grande em relação ao poderio financeiro dos clubes e sempre Real e Barça disputam o título…

Atlético de Madrid e Levante (surpresa maior do campeonato, pouca grana, elenco fraco e vaga europeia) chegaram à Liga Europa. Sevilla, Athletic Bilbao e Espanyol decepcionaram.

Rebaixados, o Racing Santander atolado em dívidas e em uma péssima administração e “comprado” por um indiano enganador, pagou o preço nessa temporada, o Sporting Gijón, que tem uma das torcidas mais fanáticas da Espanha (a ‘Mareona”) não teve competência para permanecer na primeira divisão, mas o papelão da temporada, foi do Villarreal, elenco bom, técnicos ruins, sentiu a contusão do italiano Giuseppe Rossi, além da saída de alguns valores, como Santi Cazorla que foi pro Málaga e sucumbiu à temporada sendo o último rebaixado perdendo para o atlético de Madrid (Campeão da Liga Europa em cima do Athletic Bilbao) em casa por 1×0, gol do espetacular Falcão Garcia.

Foi uma temporada que começou sem rodada, por conta da greve dos jogadores por falta de pagamentos, parecia que não seria grande coisa, parecia que o Barça conseguiria o tetra, parecia que Guardiola ficaria no time “culé”, parecia que o Real Madrid não seria capaz de derrubar o eterno rival, parecia… porque a realidade foi outra, muitas coisas aconteceram em pouco mais de 9 meses de torneio, mas sem dúvida, pelo fim da temporada, a Liga das Estrelas demonstrou que tem seu charme, que é especial e o futebol deu suas mostras de emoção à flor da pele, como no gol do Rayo Vallecano nos acréscimos contra o Granada, que livrou o time de Madrid do rebaixamento e condenou o “submarino-amarelo” à segundona, emoção ainda na vitória do Real contra o Braça no Camp Nou, que sentenciou a Liga a favor do Madrid em que Cristiano Ronaldo foi decisivo, espantando a fama de “amarelão”.

Enfim, foi mais uma Liga das Estrelas, até a próxima!

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