Ganso terá neste domingo a missão de levantar a confiança tricolor que anda em baixa.

Por Vladimir da Costa

Neste domingo, o torcedor são-paulino terá uma das últimas oportunidades de acreditar que ainda dá pra conseguir algo neste ano. De técnico novo, algumas coisas devem mudar. A primeira, já que Jadson está machucado e deve ficar ao menos 4 rodadas fora. Ganso será o titular na partida contra o Vitória, em Salvador, às 16h.

Paulo Henrique Ganso, que oscila boas e más apresentações, muito devido o momento que o clube vive, será o cérebro da equipe para o duelo e muito se espera que ele de conta do recado, pois, conforme disse o próprio treinador, a vaga de titular na equipe, basicamente, depende muito mais do que é apresentado no dia a dia e nas partidas do que meramente opção tática.

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Ganso disputa a bola durante treinamento com Maicon. O meia terá a missão de comentar a criação tricolor (Foto: Rubens Chiri /saopaulofc.net)

Autuori chegou ao São Paulo na última quinta-feira. Desde então, procurou focar suas atenções em Ganso. Chamou o camisa oito para uma longa conversa individual, além de orientar muito o jogador durante os treinamentos. O treinador chegou a afirmar que a melhora do atleta depende dele próprio.

– A essência do futebol é a qualidade técnica. E ele tem de sobra. Mas hoje em dia além de ser jogador tem de ser competidor e somar a qualidade ao resto. Os jogadores só passam por isso ao se questionarem o que está faltando. Esse é o desafio. Mas o pior é quando tem alguém que não tem qualidade. O objetivo é que possa jogar porque tem qualidade. Reconhece que não tem feito bons jogos – disse Autuori.

Tido por muitos como o camisa 10 do tricolor e da seleção, Ganso chegou ao São Paulo ano passado e demorou a ter condições ideais de jogo. As lesões o afastaram dos gramados por algum tempo e isso o fez perder espaço no clube e ser “esquecido” em convocações pela seleção brasileira.

O São Paulo precisa muito que o meia adquira novamente seu bom futebol apresentado em temporadas passadas e que mantenha a regularidade. O time amarga sua pior série na história em partidas no Morumbi. Já são quatro jogos sem vencer – dois deles clássicos, contra o Corinthians pela Recopa e contra o Santos, no brasileiro.

Paulo Autuori sabe que terá muito trabalho para “juntar” o grupo que perdeu a confiança.

– Vamos trabalhar para dar uma resposta positiva. Quando o bebê está sujo, se lava. Só a água vai embora e o bebê fica. Vou reconhecer as coisas boas que o Ney fez aqui.