Tabu quebrado e Atlético de Madrid leva título após empate com Barcelona no Camp Nou.

Por Paulo Edson Delazari
Villa comemora título do Atlético de Madrid. (Foto: EFE/Alberto Estévez)

Villa comemora título do Atlético de Madrid. (Foto: EFE/Alberto Estévez)

O Atlético de Madrid do técnico Diego Simeone conseguiu  neste sábado mais uma façanha, a equipe da capital superou a pressão do Camp Nou lotado por 96.973 torcedores, arrancou um empate por 1 a 1 com o Barcelona após sair atrás no placar e conquistou o Campeonato Espanhol pela 10ª vez em sua história – o último havia sido em 1995/96. Os gols foram marcados por Sanches para o Barça e Godin para os colchoneros.

Com o resultado, os atleticanos terminaram o torneio com 90 pontos, três a mais que o Barça. O Real Madrid, que também bateu o Espanyol por 3 a 1, acabou na terceira colocação, fechando a zona de classificação para a próxima Uefa Champions League.

Não foi nada fácil, porém, sair do estádio catalão com a taça. Logo no início do jogo, os colchoneros sofreram dois fortes golpes, com as lesões de Diego Costa e Arda Turan, que tiveram que deixar a partida – o brasileiro, inclusive, chorou muito no banco de reservas.

A situação ficou ainda mais complicada aos 34 do primeiro tempo, quase Messi ajeitou com o corpo e Alexis Sánchez disparou um petardo no ângulo do goleiro Courtois e abri o placar para os anfitriões, fazendo explodir o Camp Nou com um tento antológico.

Na segunda etapa, porém, o Atlético voltou motivado e logo partiu em busca do empate que lhe garantiria o título. O gol quase saiu logo aos 2 minutos, quando David Villa acertou a trave de sua ex-equipe, levando ao desespero os 447 torcedores atleticanos no estádio rival.

Time do Atlético comemora título após 18 anos. (Foto: EFE/Alberto Estévez)

Time do Atlético comemora título após 18 anos. (Foto: EFE/Alberto Estévez)

Pouco depois, no entanto, Gabi cobrou escanteio na área e o zagueiro Godín testou firme para vencer Pinto e dar o título aos colchonerode maneira épica.

Antes de poderem celebrar de fato a taça, no entanto, os visitantes ainda levaram um grande susto aos 18 minutos, quando Messi acertou um lindo voleio, mas o árbitro Antonio Mateu, acertadamente, apontou impedimento no lance e anulou o tento do argentino.

O brasileiro Neymar, por sua vez, ainda entrou em campo no lugar de Pedro, mas, retornando de lesão, pouco conseguiu fazer para tentar ajudar o Barcelona.

A conquista premia o guerreiro time alvirrubro, que conquista o campeonato espanhol em cima de dois rivais superiores tanto em elenco quanto financeiramente. O clube da capital ainda terminou com o terceiro artilheiro do torneio: Diego Costa, com 27 gols – Cristiano Ronaldo foi o primeiro, com 31, enquanto Messi foi o vice, com 28.

Foi a 10ª conquista atleticana no Espanhol, com a taça se somando às das temporadas de 1939/40, 1940/41, 1949/50, 1950/51, 1965/66, 1969/70, 1972/73, 1976/77 e 1995/96.

“A equipe mereceu demais esse título. Fomos gigantes durante toda a temporada, e por isso merecemos. Sempre acreditamos em nós. É um orgulho pertencer a esse time, lutar contra gigantes e ser campeão. Dedico a vitória à torcida, que sempre nos apoiou”, festejou o meia Gabi, autor do cruzamento que terminou no gol de Godín, logo após o apito final.

Agora, o Atlético de Madrid vai em busca de sua segunda grande façanha na temporada. No próximo sábado, o time de Simeone disputa a final da Liga dos Campeões contra o rival Real Madrid, no estádio da Luz, em Lisboa.