Cheio de reservas, São Paulo vence o Santos em Cuiabá, garante vaga para a libertadores em tarde de Cruzeiro campeão.
Por Vladimir da Costa
Em rodada que sacramentou o bicampeonato do Cruzeiro, o São Paulo foi até Cuiabá, depois que o Santos venceu a partida para arrecadar um dinheiro no final da competição, e venceu o jogo. Oprimeiro tempo chato deu lugar a uma segunda etapa veloz, com emoção e bem disputada. Para o campeonato, nada mudou, para as equipes, a força da base, que eram maioria em campo.
Num primeiro tempo quente, onde o calor castigou os atletas, fora dele, a torcida foi castigada com o futebol apresentado em campo. Sem criatividade, movimentação e chutes a gol, a partida ficou muito abaixo do que os times, repleto de bom jogadores podiam apresentar.
O segundo tempo foi completamente diferente. Com mudanças, o jogo ganhou em velocidade e durante todo o jogo, as equipes buscaram o gol. O São Paulo, com Boschilia fez o gol aos 11 minutos. Depois disso, o Santos teve ao menos quatro chances de gol, principalmente com Geovânio, mas não fez o Santos chegou ao nono jogo sem vitória. Permanecendo com 47 pontos, na 11º colocação. Já o São Paulo se consolidou em segundo lugar, com 69 pontos.
Apesar da vitória, o título ficou com o Cruzeiro, de maneira merecida, vencer o Goiás por 2 x 1.
A partida
Jogando em Cuiabá, o São Paulo, com maioria das arquibancadas a seu favor teve dificuldades de mostrar a força ofensiva das ultimas partidas. Com o meio campo formado com jogadores formado na base, o time do Morumbi começou de forma cautelosa. Com Hudson, Auro e Boschilia, o time ganhou em velocidade, mas perdia em controle do jogo.
Do outro lado, completo, o Santos que não lutava mais nada na competição, tentava atrapalhar o São Paulo e vencer mais um clássico no ano. Todo lance de ataque santista passava pelo camisa 7.
Apesar de jovens e bons jogadores, as equipes pouco assustavam os goleiros. A primeira chance mais perigosa veio somente aos 18 minutos, em lançamento para Gabriel que perdeu a passada e Rogério saiu para pegar sem maiores problemas.
Pouco a pouco o Santos ia tomando o controle da partida, ficando mais com a bola e agredindo o São Paulo, principalmente pelo lado esquerdo do campo, com Robinho tomando o controle daquele lado.
Com dificuldade na saída de bola o São Paulo não conseguia chegar perto do gol de Aranha. Apesar de ter três jogadores no ataque, apenas Pato era mais presente em campo e buscava o jogo com maior frequência.
Sem criatividade dos dois lados e com muito calor, na metade do segundo tempo a torcida passou a vaiar as equipes. Passados 35 minutos do primeiro tempo, nenhum escanteio ou falta perigosa para qualquer lado. O primeiro escanteio veio, mas devido um erro de Paulo Miranda.
Apenas aos 38 minutos, o primeiro lance para levantar a torcida. Ademilson chutou de fora da área e Aranha espalmou para o lado, no rebote, Oswaldo tentou, mas foi travado o lance seguiu e Boschilia furou bola cruzada na área, e a defesa santista conseguiu tirar de vez.
Os minutos finais foram da torcida pedindo Luis Fabiano para o segundo tempo.
E o atacante veio para o segundo tempo no lugar de Alexandre Pato, que sentiu o quadril e saiu para entrada do atacante e delírio da torcida. O Santos também mudou. Souza e Gabriel saíram para entrada de Geuvânio e Thiago Ribeiro, deixando o peixe mais ofensivo.
As mudanças mexeram com o jogo que ficou disputado e a primeira chance de gol foi do Santos, desperdiçada por Geuvânio. O atacante recebeu livre passou pela marcação e limpo para fazer, mas bateu para fora.
O tricolor respondeu na sequência. Aos 10 minutos, Boschilia pegou sobra no ataque, invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, na saída de Aranha. A bola ainda bate na trave antes de entrar.
O jogo parecia outro. As mudanças e o gol cedo acordou todo mundo.
Finalizações
Depois do gol, o Santos passou a atacar e a finalizar de todos os lados. Geuvânio soltou o pé da intermediária e acertou o travessão. Um minuto depois, Robinho deixou de calcanhar para Caju. Na área, o lateral bateu fraco e facilitou para Rogério, na sequência, foi a vez de Lucas Lima tentar para nova defesa do goleiro tricolor.
A resposta veio com Paulo Miranda, que escorou cruzamento de Osvaldo e quase fez o segundo.
Geovânio teve a terceira chance, mas perdeu mais uma. Denilson perdeu no meio para Robinho que partiu em velocidade e tocou para o atacante que bateu fraco para defesa de Ceni.
Pensando em manter a posse de bola Muricy sacou o autor do gol para colocar em campo Michel Bastos. O camisa 7 do São Paulo entrou e em dois lances chutou com perigo e assustou o goleiro santista.
O jogo seguia corrido, com o Santos arriscando mais, mas pecava no último passe. Já o São Paulo ficava menos com a bola mas era igualmente perigoso quando chegava à frente.