Com falhas individuais e um coletivo sonolento, São Paulo dá vexame em casa.
Por Vladimir da Costa
Com muitos desfalques, mas com um elenco muito superior ao do Bragantino, o São Paulo novamente expos seus erros e deve dificuldades de impor seu estilo de jogo diante da equipe do interior e acabou sendo precocemente eliminado na Copa do Brasil.
Com quase o dobro de finalizações, o Bragantino, apesar de não ficar muito com a bola, era mais incisivo quando chegava no ataque e era sempre perigoso. Diferente do São Paulo, que tocava a bola de lado, sem objetividade. O trio ofensivo foi inoperante na partida. Apático, Ademilson e Ganso pouco participavam de jogadas ofensivas. Com isso, pouco importava a velocidade de Osvaldo ou a movimentação de Pato a frente.
O Bragantino criou mais, finalizou mais a gol, teve mais escanteios e soube administrar quando foi preciso.
Uma melancólica eliminação do São Paulo que expõem a ferida de uma equipe que conta com um elenco caro, poderoso, mas no papel. Por quê dentro de campo, vem deixando a desejar. Na derrota desta noite, além da falta de qualidade técnica, deixou algo a desejar algo muito mais importante. Gana, vontade de ganhar. Resultado: Vitória por 3 a 1 de virada e vaga assegurada para as oitavas de final. Ao São Paulo, resta estabelecer um padrão de jogo e sair da atual gangorra que a equipe vem enfrentando.
A partida
Diante de uma fria noite na capital paulista a partida começou quente. Com domínio absoluto no meio campo o tricolor não demorou para abrir o placar. Logo aos oito minutos, Ganso cobrou escanteio aberto, o goleiro Renan saiu de maneira estabanada e na dividida, Paulo Miranda levou a melhor e abriu o placar. Dois minutos depois Ganso teve a chance de ampliar mas perdeu grande chance. O meia recebeu bom passe de Osvaldo, dominou, mas se perdeu e saiu com bola e tudo.
O Bragantino, que ocupa as últimas posições na Serie B tinha enorme dificuldade de ficar com a bola nos pés. Por isso, aproveitava a presença constante do São Paulo em seu campo para jogar no contra-ataque.
A vantagem do São Paulo, parecia ter acomodado o time em campo e com isso o Bragantino passou o ficar mais com a bola e nos 24 minutos, conseguiu empatar a partida. Cesinha recebeu cruzamento na entrada da área e chutou de primeira. A bola passou por baixo de Rogério Ceni, antes de entrar. O gol empolgou o Bragantino que quase virou. Bruno Recife roubou a bola de Maicon e viu Rogério e tentou encobrir Rogério, mas o goleiro do São Paulo conseguiu retornar e defender a bola.
A partida que começou com o São Paulo melhor, nos últimos 10 minutos da etapa inicial ficou parelho. Brigado no meio campo, mas com poucas finalizações. A melhor, aconteceu para o time do interior paulista. Em cobrança de escanteio, a bola ficou pipocando na área, Nunes finalizou, a bola resvalou na defesa e chegou em Gustavo Carbonieri, meio sem jeito cabecear. Em cima da linha, Paulo Miranda tirou o perigo.
No segundo tempo, o São Paulo voltou de freio de mão puxado e levou seguidos sustos no inicio da partida. A defesa que frequentemente erra no brasileiro, dava sustos na pequena torcida que foi ao Morumbi prestigiar sua equipe.
O São Paulo só chegou a frente aos 10 minutos. Após passe de cabeça de Ganso, Ademilson pegou de primeira. Renan bem colocado fez a defesa.
O São Paulo não se encontrava em campo e tinha muitas dificuldades de ficar com a bola. Com isso, o modesto Bragantino nas poucas chances que criava era mais perigoso. Sandro cobrou escanteio na primeira trave, Gustavo disputou a bola com os zagueiros e marcou o gol da virada aos 18 minutos.
Cinco minutos depois, quase o terceiro. Sandro cobrou novo escanteio e quase fez gol olímpico. A bola acertou o travessão de Rogério.
Derrota com “D” Maiúsculo!
Mesmo perdendo, o São Paulo não tinha forças nem qualidade para chegar perto do gol de Renan. Sem jogadas pelo meio e com nenhum lance de linha de fundo, era questão de tempo o gol, do Bragantino.
Com o tricolor jogando o futebol que o Bragantino esperava, o time do interior partia para o ataque com muito mais empenho e vontade e com isso, chegou ao terceiro gol. Em nova cobrança de escanteio de Sandro, Rogério afastou mal e ficou limpa para Guilherme de Mattis soltar a bomba e marcar o terceiro.
A partir daí, foi só administrar a partida e esperar o final do jogo, já que o São Paulo que praticamente não atacou depois que fez o gol no inicio dificilmente faria dois gols em 10 minutos.