Jogando o futebol que apenas os brasileiros sabem, Brasil fatura o tetracampeonato da Copa das Confederações
Por Vladimir da Costa
Na partida mais aguardada da Copa das Confederações, mesmo antes de saber se iria acontecer, a seleção pentacampeã do mundo enfrentou a seleção da moda. Não somente a mais famosa, mas a mais habilidosa e que encanta por onde passa, por seu futebol leve e de excelente toque de bola.
Mas os quase 80 mil pessoas presentes que cantaram o hino Nacional a pleno pulmões já pareciam prever o que estava por vir.
E a euforia fora de campo foi transportada para dentro de campo, e apenas a Seleção mais vencedora do Mundo jogou. Com velocidade e disposição o Brasil foi pra cima dos espanhóis. Aos dois minutos o Fred abriu o placar e assim foi até o final da partida. O Brasil massacrou a Espanha.
Uma Espanha foi irreconhecível, com um futebol bem abaixo do que todos esperavam não conseguiu fazer frente ao Brasil que pressionou o jogo todo e quase fez um placar histórico. Oportunidade para fazer mais teve, mas apenas três gols entraram.
Uma partida monumental, muito devido a Neymar e Fred que deitaram e rolaram contra a melhor seleção do mundo, que continua forte, mas hoje foi vice-campeã.
A partida
Empurrado pela torcida o Brasil fez o gol relâmpago da Copa das Confederações. Com um minuto, Hulk avançou pela direita, cruzou, a bola bateu em um que bateu em outro e Fred, no chão, chutou a bola antes que Casillas chegasse nela. 1 a 0 para o Brasil para delírio dos torcedores.
A Espanha estava perdida em campo. Não conseguia permanecer com a bola, muito devido a forte marcação brasileira.
Aos oito minutos, quase o segundo do Brasil. Em nova jogada pela lateral, 0agora pela esquerda, Neymar cruzou para o meio da área, rasteira, Oscar dominou e bateu firme, a bola passou rente a trave.
O Brasil seguia em cima. Quando os espanhóis tinham a bola, a marcação era dobrada. Em um desses lances, Paulinho roubou no meio e viu Casillas adiantado, bateu por cima, quase pegando o camisa 1 no contrapé.
Aos 15 minutos, Marcelo roubou a bola, tocou para Oscar que lançou, Neymar ia sair sozinho, mas foi interceptado por Arbeloa, que recebeu amarelo pelo lance.
A primeira finalização da Espanha veio só aos 19 minutos, em tiro de longe de Iniesta.
Aos poucos o jogo foi ficando equilibrado, a Espanha ia conseguindo ficar com a bola, mas não conseguia criar nenhum lance de perigo.
Diferente da seleção que era aguda quando chegava a frente. Em nova jogada rápida de Hulk, ele tocou para Oscar que foi derrubado por Sérgio Ramos, que levou o segundo cartão amarelo da seleção espanhola. Na cobrança, Hulk pegou muito embaixo da bola que subiu sem perigo.
O Brasil seguia em cima da Espanha e perdeu uma chance incrível de fazer o segundo. Neymar puxou o contra-ataque e rolou no meio para Fred, sozinho, bater em cima do goleiro.
Aos 40 minutos, quase o empate espanhol. Em jogada rápida pela esquerda do ataque, Fernando Torres inverteu a jogada para Pedro, que entrou sozinho dentro da área e tirou Júlio Cesar do lance, David Luis em cima da linha salvou o Brasil de levar o primeiro gol.
E a velha máxima do futebol apareceu.
No último ataque do primeiro tempo, Neymar avançou pela esquerda, tocou para o meio para Oscar e se posicionou para receber em liberdade, o passe veio e o camisa 10 dominou e bateu firme, sem chances para o goleiro espanhol. Após o gol uma cena rara e que era cobrada pelos atletas, o apoio do torcedor brasileiro. A torcida gritava o nome de Neymar.
Segundo tempo
Assim como no primeiro tempo, o Brasil veio frenético para o segundo tempo. Com dois minutos da etapa complementar, o terceiro gol do Brasil, o segundo de Fred. Hulk partiu pra cima, tocou para a área, Neymar fez o corta luz e o camisa 9 fuzilou Casillas.
Aos oito minutos pênalti para a Espanha. Na cobrança, Sérgio Ramos tirou de Júlio Cesar e do gol, batendo pra fora.
Del Bosque não acreditando no que estava vendo fez a terceira alteração aos dez minutos. Sacou Torres para colocar Villa em seu lugar, a mudança pouco alterou o panorama da partida. O Brasil diminuiu a marcação sob pressão e com isso a Espanha ficava mais com a bola, mas a liberdade era só do meio de campo para trás, já que não conseguia chegar intermediária do ataque devido a forte marcação feita pelos volantes brasileiros que protegiam a zaga brasileira.
Em novo contra-ataque da seleção, Piquet derrubou Neymar perto da área e levou vermelho direto. A essa altura qualquer chance espanhola de virar já era remota e com um a menos, parecia missão impossível de acontecer.
Aos 27 minutos, Felipão fez a primeira mudança. Tirou Hulk e colocou Jadson em seu lugar.
Os últimos 15 minutos foram mornos, ao menos para a seleção da Espanha, que não conseguia jogar. O Brasil quando tinha a bola cadenciava e tocava de lado, para alegria da torcida. O jogo ficou aberto, e quando os espanhóis chegavam, Júlio Cesar fazia sua parte. Em boa chegada pela esquerda, Villa bateu colocada para grande defesa do goleiro brasileiro.
Os minutos finais foi só festa e sem acréscimo o Brasil se sagrou tetracampeão da Copa das Confederações. Pela primeira vez, uma seleção era tricampeã consecutiva de uma competição da Fifa.