Presidente do Peixe recusa proposta tricolor, parece pessoal.

Por Paulo Edson Delazari

Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Peixe,
em evento(Foto:Marcos Guerra / Globoesporte.com)

O Presidente do Santos anunciou nesta tarde mais uma recusa de acordo com o São Paulo para venda de Paulo Henrique Ganso, o motivo: Segundo o dirigente o acerto verbal, feito na noite de sexta-feira, não foi cumprido pelo Tricolor na proposta enviada nesta segunda-feira pela manhã.

O que dizia o acordo: Pagamento à vista de R$23,8 milhões.

O que foi enviado: Tricolor propôs parcelar o pagamento: metade agora e a outra apenas em janeiro. Nesses termos, não haverá negócio.

O que diz a nota oficial: “o documento não atendeu os interesses do clube, a proposta foi novamente recusada pelo Comitê de Gestão”. Uma nova reunião entre Santos, São Paulo, DIS e Ganso deve ser realizada na terça-feira.

Em um seminário sobre o futebol brasileiro, realizado na capital paulista, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro confirmou que o problema não é o valor da negociação, e que as conversas para acertar a venda do jogador continuam.

– Seria antiético falar de uma correspondência que o São Paulo me mandou, assinada por seu presidente. Sem a autorização deles, não posso falar. Mas o problema não é o número, e sim as outras condições. O conjunto das frases que vieram na proposta não nos agradou, mas sou democrático e aberto – afirmou Laor.

Por fora o Grêmio tenta melar a negociação e demonstra confiança, mas o DIS e Ganso descartam completamente o acerto com o clube gaúcho.

Por outro lado, o presidente santista parece não querer reforçar um dos seus adversários no estado e ao mesmo tempo parece não querer que o meia seja feliz, afinal Laor sabe do potencial de vitrine que o São Paulo tem no mercado europeu, enquanto o Grêmio não tem todo esse apelo neste mercado. Assim o mandatário estaria matando dois “gansos” em uma facada só. Mesmo assim, o presidente do peixe mantém o discurso politicamente correto.

– O Santos não quer vender, mas entendo que ele queira sair, é compreensível. Acabou a escravidão no Brasil, mas é necessário que os direitos do Santos sejam preservados – disse Laor, que ainda fez um trocadilho com o nome do grupo de investidores.

– Tem muito “diz que diz” nesse negócio. Não ouvi dele onde ele quer jogar, mas se forem atendidas as pretensões do Santos, não colocamos nenhuma objeção para a escolha dele.

Assim seguimos aguardando o fim de mais um capítulo da novela.