Santos massacra Botafogo e se classifica para a semifinal da copa do Brasil.

Por Vladimir da Costa

A vantagem conseguida no primeiro jogo não foi necessária. Diante de um entregue Botafogo, o Santos foi soberano, venceu com propriedade e muita qualidade a “triste” equipe da estrela solitária que pouco a pouco vai perdendo sua luz.

O time carioca antes da partida tinha sim uma esperança de classificar, mas esse sonho não durou 10 minutos. Com inicio arrasador, o Santos já havia aberto dois a zero no Botafogo. Sem fazer muita força a equipe santista criava e vez ou outra ia balançando as redes. Foram 3 gols no primeiro tempo e 2 no segundo. Poderia ter sido mais, mas o Santos a medida que ia fazendo gols, ia diminuindo seu ritmo no mesmo tempo que os jogadores do Botafogo iam ficando cada vez mais desolados.

David Braz comemora seu segundo gol marcado na partida. (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm / Divulgação)

David Braz comemora seu segundo gol marcado na partida. (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm / Divulgação)

Agora, a equipe da vila sabe que não terá mais moleza. Na semifinal encara o Cruzeiro na disputa para uma final que garante a equipe na Libertadores 2015. Ao NO atacante faz grande jogada, invade a área e tenta driblar Andrey. A bola sobra para Gabriel, que chuta em cima de Bolatti. Na sequência, o camisa 45 manda para as redes. Ao Botafogo resta seguir trabalhando para tentar escapar da degola.

A partida

Os 14 mil santistas presentes nas arquibancadas do Pacaembu confiavam na classificação, mas não sabiam que ela chegaria tão rápida. Menos de 10 minutos e o placar já estava 2 a 0 para os donos da casa; O primeiro gol veio aos cinco: Lucas Lima lançou Mena nas costas de Gabriel. O chileno cruzou rasteiro para o camisa 10, que desvia para as redes. Quatro minutos depois, Lucas Lima cobrou escanteio, Andrey saiu mal e David Braz, de cabeça, desviou para as redes.

O Botafogo chegou apenas aos 15 minutos, quando Rogério fez boa jogada e Wallyson jogou a bola por cima.

O atacante carioca teve mais uma chance, aos 33 minutos em cobrança de falta. A falta cobrada por Wallyson desviou em Edu Dracena e parou no travessão.

O castigo veio cinco minutos depois. Um erro da zaga no meio campo fez Lucas Lima percorrer todo o campo de ataque com a bola dominada, passar pelo goleiro Andrey e finalizar com o gol vazio.

Hoje foi dia de correr para o abraço em nova goleada santista. ((Foto: Wagner Carmo/Vipcomm / Divulgação))

Hoje foi dia de correr para o abraço em nova goleada santista. (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm / Divulgação)

O segundo tempo começou parecido, com o santos em cima. Aos seis minutos, Gabriel acertou a trave, a bola voltou para Geuvânio que soltou o pé e carimbou o travessão.

O Santos tinha amplo domínio da partida. O meio campo inoperante do Botafogo dava brechas para o peixe chegar sem fazer esforço. Para a equipe carioca restava jogadas esporádicas de seus esforçados jogadores. Aos 13 minutos, Rogério recebeu na grande área, atraiu a marcação e abriu para Zeballos. O atacante, livre de marcação, bateu por cima do gol de Vladimir.

A partir daí, virou jogo treino.

Aos 17 minutos, Lucas Lima cobrou falta para a grande área e Gabriel desviou para o gol, mas Andrey pegou. No rebote, o zagueiro mandou de cabeça para as redes.

Aos 23 minutos o golpe de misericórdia. Geuvânio fez grande jogada, invadiu a área e tentou driblar Andrey. A bola sobrou para Gabriel, que chutou em cima de Bolatti. Na sequência, o atacante mandou para as redes.

Jogadores do Santos cansaram de comemorar gols contra o Botafogo. (Foto: Ari Ferreira / Agência Lance)

Jogadores do Santos cansaram de comemorar gols contra o Botafogo. (Foto: Ari Ferreira / Agência Lance)

Com cinco gols de vantagem, o Santos passou a joga ainda mais tranquilo. Sem a velocidade do primeiro tempo, a equipe da Vila Belmiro que já sobrava passou a tocar a bola de pé em pé. Enderson Moreira já pensando no Brasileiro tirou Arouca e colocou Alan Santos.

Assim como a torcida, que não esperava o placar tão elástico, assistia a partida e aplaudia a cada toque na bola.

O Botafogo, totalmente entregue, esperava apenas o final da partida para voltar pra casa e tentar explicar mais esse vexame, que ultrapassa as quatro linhas. Atinge a todos que fazem parte do dia a dia do clube e que é refletido dentro de campo. Uma equipe sem forças, desanimada e que parecia atuar sem prazer.