Depois de 12 anos, o Palmeiras levanta mais um caneco para sua galeria

 

Por Vladimir da Costa

Por muito tempo o Palmeiras colecionou títulos, desde a época de Ademir da Guia, até a geração Parmalat, o Alviverde sempre teve períodos de grandes campanhas, mas depois da Taça dos Campeões, em 2000, veio a seca. O último troféu foi o campeonato Paulista de 2008, muito pouco para um clube do tamanho do Verdão.

O inferno verde fez sua parte(DIVULGAÇÃO)

Do outro lado, o Coritiba buscava seu segundo título nacional, depois de 27 anos (ganhou o brasileiro de 1985), contou com sua torcida fanática, que como de costume, fez do estádio um “Inferno Verde”.

Antes da bola rolar, os jogadores demonstravam muita concentração querendo antecipar uma jogada alheia, mentalizando o que deveria ser feito, muito mais simples para o Palmeiras que poderia até perder por um gol de diferença que ficaria com o título. “Buscar manter a posse de bola e quando não tiver, ter um posicionamento tático bem definido”, era o que Felipão pedia antes da partida.

Mas não foi necessário fazer muitas contas, com uma equipe muito contestada pela torcida, Felipão conseguiu extrair do seu elenco, a raça e a vibração que não se via em anos anteriores. Um time aguerrido que fez por merecer a conquista de forma invicta da Copa do Brasil.

 

 

 O jogo

A Partida começou com o Coxa em cima, buscando o ataque pelas pontas, como previsto, junto com sua torcida que jogava junto. Tanto que aos 4 minutos, Juninho fez falta dura em Rafinha e tomou o primeiro amarelo da partida. O Coritiba continuava melhor, apesar da primeira chance clara de gol ser do Palmeiras. Após jogada pela ponta direita de Mazinho, a bola sobrou para Juninho que bateu firme no gol. Bem colocado, Edson Bastos jogou para escanteio.

O Palmeiras não deu espaço para os atacantes do Coritiba (Hedeson Alves/Vipcomm)

Passado 20 minutos de jogo, o Palmeiras equilibrou as ações, sendo mais perigoso que o Coritiba nas jogadas de ataque. Em uma delas, após cobrança de falta de Marcos Assunção na intermediaria, a bola chegou livre para Betinho, que em posição legal, defesa do Coxa dorme no ponto e deixa Betinho livre, mas o atacante chuta de primeira para fora do gol.

Minutos depois o mesmo Marcos Assunção cobrou nova falta, agora direto pro gol, a bola passou rente a trave do Coritiba. Na sequência do lance, Everton Costa faz boa jogada pela direita e toca de calcanhar para Rafinha que pega bonito na bola, com o lado de fora do pé, mas a bola pega muito efeito e vai pra fora.

Um jogo faltoso. Em 30 minutos de jogo, o árbitro já havia marcado 21 faltas. Tanto que depois de um choque, o zagueiro Thiago Heleno levou a pior e teve de ser substituído por Leandro Amaro.

Os minutos finais do primeiro tempo foram de muita correria, de marcação, mas sem nenhuma chance de gol para qualquer um dos lados.

O segundo tempo começou com o Coxa em cima do Palmeiras, mas com muitas faltas no meio de campo o que diminuía o ímpeto dos paranaenses, que sem criatividade, abusava das bolas alçadas dentro da área.
Visando o contra-ataque, Felipão sacou o pesado Daniel Carvalho o colocou Luan em seu lugar. Percebendo a estratégia do Palmeiras, Marcelo Oliveira colocou Lincoln no lugar do volante Sergio Manoel.

E para delírio da torcida, de tanto martelar, o gol saiu. Na primeira jogada de Lincoln em campo, o meia saiu de 2 marcadores, mas parou no terceiro, na falta na entrada da área. Na cobrança, o lateral Ayrton cobrou com classe no ângulo direito, sem chances para o goleiro Bruno.

A alegria durou 2 minutos. Novamente de bola parada, Marcos Assunção cobrou a falta em direção ao gol, Betinho resvalou na bola que foi parar dentro do gol. Com o empate, o Coritiba precisava de mais 3 gols para se sagrar campeão.

Com o gol de empate o Palmeiras não só esfriou a torcida do Coxa nas arquibancadas, mas como passou a ter mais posse de bola, tendo as melhores chances de gol nas cobranças de faltas com Marcos Assunção.

Muito no abafa, o Coritiba parecia sem forças para reagir e as principais jogadas continuavam com cruzamentos equivocados para dentro da área. No final da partida, Pereira fez falta dura e foi expulso, mas já não mudaria nada no resultado final.

E ficou nisso. O Palmeiras é campeão da Copa do Brasil 2012. Este é o 10º título nacional, tornando-se o maior vencedor de torneios nacionais do Brasil. O Alviverde de forma imponente e invicta conquista sua segunda Copa do Brasil.