Coxa e Timão não perdoam a bola, passam 90 minutos maltratando-a e ela devolve a falta de carinho sem balançar as redes.

Por Vladimir da Costa

A partida tinha tudo para ter emoção. De um lado, os donos da casa que tinham em Alex, uma esperança de gols, do outro, o Corinthians, vice-líder e empolgado para diminuir a diferença do Cruzeiro, que empatou ontem. Isso antes da partida. Com a bola rolando, tudo foi diferente. Com quase nenhuma emoção, a não ser pelas cobranças de faltas, o empate sem gols acabou sendo o mais merecido.

O Timão se manteve cinco pontos atrás do líder Cruzeiro (29 a 24), mas pode ser ultrapassado por Fluminense e Internacional, que jogam às 18h30. No próximo domingo, o Corinthians terá o Clássico contra o Santos, às 16h. Antes, na quarta-feira, o Corinthians enfrentará o Bahia pela Copa do Brasil com a vantagem de 3 a 0, construída na primeira partida.

Alex disputa a bola em partida que terminou empatada. O coxa segue na zona da degola. (Doto:Heuler Andrey/Getty Images)

Alex disputa a bola em partida que terminou empatada. O coxa segue na zona da degola. (Foto: Heuler Andrey/Getty Images)

O Coxa segue na zona de rebaixamento, em 17°, com 11 pontos, um a mais que Figueirense, Bahia e Flamengo. No próximo sábado, terá para dura. Vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense, no Maracanã.

O jogo

Jogando em casa, o time de Celso Roth começou o jogo no campo adversário, tentando pressionar a saída de bola corintiana. Deu resultado. Aos três minutos, Alex já havia batido falta com perigo e acertado o travessão de Cássio num toque por cobertura. O lance por parado por estar em posição ilegal. Norberto, pela direita, dava  trabalho com suas investidas. O Corinthians tinha dificuldades de sair jogando. Elias, Petros e Jadson no meio-campo pouco participavam das jogadas, que raramente era construída, muito devido os chutões.

Sempre que conseguia por a bola para rolar, a qualidade técnica do Corinthians se sobressaia, porém as muitas faltas minavam qualquer chance de bom futebol entre as equipes. Sem grandes chances criadas pelo centro do campo, o alvinegro tentou pelo lado do campo. Cruzou bola e até o baixinho Jadson tentou cabecear, situação novamente causada pela ausência de Guerrero. Obviamente, não deu certo.

Mano Menezes tentou mudar o panorama com Renato Augusto no lugar de Romero, mas o cartão vermelho de Fagner determinou os 26 minutos finais: com um a mais, Roth fez uma mudança ofensiva e colocou Geraldo. Mano respondeu deixando o time na retranca. Deu certo. Empate que desagradou aos torcedores presentes no Couto Pereira. Um empate duro de assistir e justíssimo pelo apresentado em campo.