A torcida do Atlético acreditava, já a do Corinthians, tem certeza! O Hexa está perto.

Por Vladimir da Costa

Na final antecipada, não houve adversário para o virtual campeão brasileiro. Virtual por conta da fraca conexão brasileira. Se fosse banda larga descente. A taça podia ser entregue já no próximo final de semana, possibilidade bem alta de acontecer.

Jogando no estádio do América-MG, caiu no morto, saiu vitorioso. Ao menos foi o que os pouco felizardos corintianos puderam comemorar.  Se antes do apito e em boa parte do primeiro tempo, a torcida do galo fez uma festa. Na metade do segundo, até o final da partida, só deu fiel. De gritos de olé, hino e gritos de felicidade, a torcida alvinegra agora espera os dias para soltar o grito que está prestes a sair da garganta.

Vagner Love sai pro abraço depois de marcar o segundo gol contra o Atlético. (Foto: Andre Yanckous / Gazeta Press)

Vagner Love sai pro abraço depois de marcar o segundo gol contra o Atlético. (Foto: Andre Yanckous / Gazeta Press)

Num segundo tempo digno de campeão, o timão trucidou o Atlético. Jogando um futebol envolvente, de toque de bola rápido, ultrapassagens e com o zagueiro Felipe frequentemente fazendo jogadas de ponta, os gols saíram em jogadas bem trabalhadas, misturadas a sorte com um toque essencial de competência. Resultado 3 a 0.

Com a vantagem de 11 pontos, o Corinthians já pode ser campeão no próximo final de semana, em casa, caso vença o Coritiba e o Atlético não ganhe do Figueirense fora de casa. A partir daí, qualquer gol do título, já que com o futebol diferenciado que a equipe vem apresentando, será muito difícil alguma equipe reverter o inventável.

A partida

Ciente que enfrentava uma equipe equilibrada o Atlético foi cauteloso no inicio do confronto. Somente depois de ganhar confiança os comandados de Levir Culpi avançaram a marcação, no entanto, envolviam o meio adversário. A primeira chance foi em jogada de Dátolo pela esquerda. Pratto não chegou por pouco. A formação paulista respondeu na sequência, mostrando que não podia ser atacada sem cuidados: Malcom recebeu de Renato Augusto na cara de Victor e parou no goleiro.

Da metade do primeiro tempo até o final, o jogo era muito disputado no meio campo, mas sem as equipes criarem chances real de gol. Com o Atlético ficando mais coma bola, cabia ao Corinthians investir em jogadas de velocidade, para isso a equipe contava com Renato Augusto e Jadson, que foram muito acionados, mas pouco participativos, ao menos no segundo tempo.

Na volta para o segundo tempo, Malcom teve grande chance em menos de 20 segundos, demorando demais para finalizar e sendo travado. Luan respondeu em linda jogada pela linha de fundo.

Renato Augusto foi um dos destaques da vitória corinthiana. (Foto: Daniel Teobaldo/Agência Estado)

Renato Augusto foi um dos destaques da vitória corinthiana. (Foto: Daniel Teobaldo/Agência Estado)

Diferente do primeiro tempo o apoio das arquibancadas foi diminuindo a medida que o Corinthians passava a controlar o meio campo. Cássio era pouco exigido.

A maioria foi abafada por poucos mais barulhentos torcedores, aos 22 minutos. Felipe desarmou Pratto e avançou pela direita. No rebote do cruzamento, Jadson colocou a bola na cabeça de Malcom, que cabeceou no contrapé de Victor.

A reação imediata de Levir foi mandar o Atlético à frente, com as entradas de Thiago Ribeiro e Cárdenas. Não deu para reagir. Aos 29 minutos, uma bela troca de passes foi executada entre Rodriguinho e Jadson, que serviu Vagner Love. O centroavante encarou Edcarlos e bateu firme, sem chances para o goleiro.

Nocauteado, restava ao Atlético ser aplaudido pela torcida, muito mais conformada com o vice-campeonato do que com o “Eu Acredito”. Do outro lado, tinha mais. Em nova jogada trabalhada, Renato Augusto cruzou para Lucca, que mandou um lindo voleio e deu números finais a partida que consagrou mais uma bela apresentação da equipe que vem jogando um futebol merecedora de ser hexacampeão.