Com um elenco coeso e poderoso, a Raposa não deu chances para o Santos que chega a sua terceira derrota seguida no Brasileiro.

Por Vladimir da Costa

Jogando contra o líder, o Santos de Robinho poderia ter tido melhor sorte, poderia. Um duelo entre um ataque forte e uma defesa sólida. Venceu aquele que manda a bola pras redes. Com duas ótimas chances desperdiçadas no primeiro tempo, uma com Damião e outra com Thiago Ribeiro, que fez tudo certo, a não ser pelo chute pra fora, o peixe poderia ter mudado a história do jogo, que foi escrita e decidida por uma equipe que não brinca em serviço e que segue forte sua caminhada para conquistar o bicampeonato.

Marcelo Moreno comemora o gol marcado contra o Santos, no Mineirão. (Foto: ERWIN OLIVEIRA /I9)

Marcelo Moreno comemora o gol marcado contra o Santos, no Mineirão. (Foto: ERWIN OLIVEIRA /I9)

Na 100º partida de Marcelo Oliveira sob comando do time, o Cruzeiro quando chegava à frente, mostrava sua força.  Éverton Ribeiro comandou a equipe. Com toques rápidos e deslocamentos em velocidade que confundem sempre a defesa adversária. Marcelo Moreno, Ricardo Goulart e Julio Baptista marcaram os gols do time que retomou a ponta, com 33 pontos. O Santos saiu do Mineirão amargando a terceira derrota seguida e estacionou nos20 pontos ganhos.

A partida

Jogando com casa cheia, a equipe comandada por Robinho, sentiu logo no inicio que não teria vida fácil. Desde o começo da partida a raposa marcava em cima e dificultava a saída de bola santista.

Com Éverton Ribeiro mais à direita, juntamente com Mayke era por  onde a equipe cruzeirense chegava. Lucas Silva e Henrique dominavam o meio campo e distribuíam as bolas roubadas para os homens de frente.

O Santos não conseguia encaixar o contra-ataque. Robinho tentava, mas não desenvolvia as tramas com Cicinho pela direita e Mena pela esquerda.

A primeira boa chance veio com Éverton Ribeiro, aos oito minutos. Depois, Marcelo Moreno desperdiçou a primeira boa chance ao bater fraco em cima de Aranha.

Dede levou vantagem nas disputas que teve com Robinho na partida deste domingo (Foto: Pedro Vilela/Getty Images)

Dede levou vantagem nas disputas que teve com Robinho na partida deste domingo (Foto: Pedro Vilela/Getty Images)

O gol parecia questão de tempo e o Cruzeiro continuava a pressionar o Santos que não resitiu a pressão. Aos 24 minutos, Éverton Ribeiro cobrou falta na área. Marcelo Moreno raspou de cabeça, e Ricardo Goulart, impedido, tentou tocar na bola, mas não conseguiu. Aranha foi todo errado para a bola e não conseguiu defender. Gol assinalado e reclamação santista. Ricardo Goulart não tocou na bola apesar de estar a frente do lance. Porém, o atacante não atrapalhou a visão do goleiro, na interpretação do árbitro, lance normal para festa do ótimo público no Mineirão.

O gol acordou o Santos que passou a jogar mais no campo adversário. O Peixe começou a assustar e teve duas boas chances, a principal com o camisa 11. Robinho rolou a bola limpa para Thiago Ribeiro que teve a campa de tirar do marcador e bater colocado, para fora.

No segundo tempo a esperança de empate do Santos desmoronou com a mesma velocidade do gol. Egídio começou a jogada que passou por Willian e chegou para Ricardo Goulart mandar com violência para o fundo das redes.

Com dois de desvantagem, o Santos não conseguia finalizar a gol. Tentava, vez ou outra nas arrancadas de Cicinho ou com as ultrapassagens de Lucas Lima para Mena. A bola ia ao fundo, mas encontrava uma zaga do Cruzeiro bem postada.

Na última parte do jogo, Marcelo Moreno, cansado deu lugar para Júlio Baptista entrou para dar mais qualidade no toque e manter ainda mais a bola nos pés da equipe cruzeirense que quase marcou o terceiro com Willian. Quando o Peixe ensaiava reação no fim, principalmente com Robinho, que apesar da derrota, comandava as principais ações do Santos, veio a “finalização”. Éverton Ribeiro deu uma linda arrancada e tocou para Júlio Batista. O camisa 10 se livrou de Arouca e, fez o gol da vitória, que se transformava em goleada. Aos 42 minutos do segundo tempo, um belo desfecho à partida de uma equipe poderosa.