Cheio de caras novas, Palmeiras perde para a Ponte e se complica
Por Vladimir da Costa
Depois de ter vencido o Coritiba no meio de semana em jogo válido pela primeira partida da final da Copa do Brasil, o Palmeiras tentou adiar seu jogo da rodada do final de semana, a CBF não o fez, apenas transferiu o jogo que seria ontem, para hoje. Fato que não agradou dirigentes e a comissão técnica, com isso, Felipão não teve escolha, levou para campinas oito jogadores da base para tentar parar a Ponte.
A falta de entrosamento e a ansiedade era a arma para que o time campineiro precisava para conquistar os três pontos em casa e se reabilitar na competição e ela veio, muito mais em função da falha adversária do que da qualidade do time da casa. O Palmeiras por sua vez, estava mais concentrado na final da Copa do Brasil contra o Coritiba na quarta, do que na partida de hoje.
A partida
O Palmeiras entrou em campo neste domingo pensando na quarta-feira, quando vai buscar seu principal título, desde que mudamos de século, contra o Coritiba no Couto Pereira. Em função disso, caras novas estavam em campo e demonstrando garra e disposição, complicaram a vida da Ponte Preta no inicio da partida, o time Alviverde era melhor, mas pecava no último passe antes de finalizar.
Os jovens palmeirenses deram um sufoco na Ponte Preta nos 15 primeiros minutos, João Denoni, de 18 anos correu bastante, dando trabalho para a zaga adversária, mas aos poucos a Macaca foi equilibrando a partida, ficando mais com a bola. Até que o castigo veio. Em cobrança de falta, Ricardinho chutou forte no meio da barreira, que abriu e a bola passou, Deola que parecia estar inteiro na jogada, tentou encaixar a bola, mas ela escapou de suas mãos, indo para o gol, lentamente.
O gol animou a Ponte que começou a passar mais tempo no ataque Palmeirense, mas os chutes de fora da área não levaram perigo ao gol de Deola.
O jogo seguiu com a Ponte com mais posse de bola e o Palmeiras buscando a velocidade dos jovens para encaixar um contra-ataque, mas a afobação e a falta de entrosamento impedia que o gol saísse.
Na segunda etapa o jogo esfriou. A Ponte Preta, com a vantagem no placar, queria manter mais a posse de bola, sem efetividade. Já o Palmeiras não assustava o gol de Edson Bastos e percebendo isso, Felipão Resolveu mezer, colocou mais um atleta da base, Caio, de 19 anos no lugar de Patrick Vieira, com isso o time ganhou uma referencia na área. Agora, a velocidade de Maikon Leite, poderia ser completada com um jogador fixo na frente.
A troca deu resultado no jogo, mas não no resultado. O atacante criou algumas jogadas, mas não conseguia finalizar as jogadas como queria. O Palmeiras buscava o gol, colocava velocidade nas jogadas, mas errava o alvo.
A Ponte pouco chegava ao gol de Deola, mas quando chegou levava perigo. Em jogada rápida, Nikão bateu cruzado, a bola passou perto, mas não acertou o alvo.
Depois dos 35 minutos do segundo tempo até o final da partida, o Palmeiras controlava o jogo, mas a falta de entrosamento ficava clara nos erros de passes, ou tabelas que eram facilmente desfeitas.
E a partida acabou sem que o Palmeiras criasse uma chance clara de gol durante todo o segundo tempo. No final, deu tempo somente de Felipão ser expulso pelo árbitro por reclamar em excesso.
Apesar do resultado negativo, para a torcida Palmeirense, que apoiou o time durante todo o jogo, pouco importa. Todos estão focados no jogo de quarta-feira em Curitiba e esperam que o Palmeiras possa levantar a taça de campeão de um torneio nacional, o que não acontece desde 2000.
No atual brasileiro, são oito rodadas e o time conquistou apenas seis pontos ocupando a 18ª, ficando a frente apenas de Corinthians, que empatou com o Sport e do Atlético-GO, que ainda não venceu na competição. A Ponte se recuperou dos maus resultados das duas últimas rodadas e pulou para a 10º, com 12 pontos.
O próximo jogo da Macaca será em casa, contra o Coritiba no sábado e o Palmeiras terá o clássico contra o São Paulo, na Arena Barueri, no domingo, às 18h30.