Palmeiras se supera na parte técnica e arrante empate contra o Corinthians no Pacaembu

Por Vladimir da Costa

Na primeira prova de fogo para Palmeiras e Corinthians em 2013 foi o esperado, ao menos para o lado verde. Apesar do empate. O duelo válido pela oitava rodada do Campeonato Paulista teve o resultado mais justo. Dois times tão diferentes, mas que mostraram disposição idêntica em vários momentos do jogo tiveram sortes diferentes e conseguiram, de certa forma, um ponto, não importante para a competição, mas relevante para a sequencia da temporada, que da moral do lado vedo verde e que serve de aviso para o lado alvinegro.

O jogo

No primeiro lance da partida, uma falta dura de Patrick Vieira anunciava que o atacante iria pagar pela língua afiada, já que o timão entrou ligado no jogo. O Alvinegro tomava conta do jogo, muito em função da sua disposição e por mais técnico, mais inteiro. Jorge Henrique deu o cartão de visitas com uma bomba no travessão logo aos oito minutos. Após cobrança de falta, o atacante corinthiano apareceu sozinho na área para finalizar e denunciou a marcação falha do sistema defensivo alviverde.

Romarinho comemora mais um gol diante do rival Palmeiras (Foto: Leonardo Soares UOL)

Do lado do Palmeiras não faltou disposição, apesar dos muitos erros de passes, chutes e marcar direito. Wesley que o diga. O meia foi o mais voluntarioso, teve a bola e chamou o jogo, enquanto Patrick Vieira, Souza e Vinícius sentiram a pressão.. Tudo piorou quando o insistente ataque corintiano funcionou. Aos 17 minutos , Paulo André desviou um cruzamento de cabeça e deixou Emerson Sheik livre para marcar. Emocionado, o atacante respondeu às pancadas na bola e comemorou seu primeiro gol em 2013.

A equipe de Tite poderia ter matado o confronto nos primeiros 30 minutos. Guerrero quase fez o segundo após falha de Fernando Prass – acertou a trave. O Corinthians seguia em cima do Adversário e a torcida não perdoava o rival. Gritos de “Segunda Divisão” ecoaram em quase todos os setores do Pacaembu. Só que o Timão não matou o Palmeiras, e sofreu o empate depois de perder inúmeras chances.

Aos poucos, o Verdão se soltou e na base da velocidade, o time de Gilson Kleina cresceu e aproveitou as falhas do rival e chegou ao empate. Aos 29 minutos, depois de cruzamento de Wesley pegou todo mundo desprevenido, menos Vilson: de cabeça, decidido, o reforço alviverde empatou o dérbi no Pacaembu.

Na segunda etapa o Palmeiras começou como se estivesse em uma final de campeonato. O Corinthians parecia jogar uma partida como qualquer outra. Só que o dérbi não é qualquer partida, e por isso o Verdão levou vantagem. O time de Gilson Kleina foi grande, se superou. Com muito mais vontade e dividindo todos os lances, marcando forte, a virada veio logo aos sete minutos. Wesley cobrou falta pela direita, Cássio falhou, e Vinícius apareceu para cabecear. A provocação mudou de lado, e o atacante fez até dancinha diante do tobogã cheio de corintianos: 2 a 1.

Tite apostou foi na mística em vez da qualidade. O carrasco alviverde Romarinho entrou, e Pato continuou no banco. O talismã conseguiu levar a campo a disposição que faltava aos alvinegros.

Vinicius comemora apos marcar contra o Corinthians no Pacaembu(foto: Leonardo Soares / UOL)

Pato também entrou, e aí o jogo começou a tomar contornos mais alvinegros. Em lançamento longo de Cássio, o badalado atacante mostrou rara categoria no domínio perfeito da bola e rolou para Paulinho. Ao ver Romarinho sozinho, o volante não teve dúvidas. Tocou a bola e viu o atacante bater com estilo, sem chances para Prass: 2 a 2. Quarto gol de Romarinho em três jogos contra o Verdão.

O empate já estava bom demais para o ferido Palmeiras, que arriscava nos contra-ataques. Já o timão arriscava apenas nos contra-ataques. Por isso, os mais de 34 mil pagantes que foram ao Pacaembu viram um justo empate.

O Timão volta a campo na próxima quarta-feira, quando estreia na Libertadores diante do San José, da Bolívia, às 22h. O Palmeiras volta a campo apenas no domingo, quando joga, em casa, no Pacaembu , contra o União Barbarense.