Diferente de Felipão, Gilson Kleina tem apoiado mesmo nos erros. Paizão a vista.

Por Paulo Edson Delazari

Gilson Kleina conversa com titulares do coletivo desta quinta-feira (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)

Incentivo! Essa é a palavra chave para o primeiro trabalho elaborado por Gilson Kleina, novo treinador do time do Palmeiras. Nesta quinta-feira, em atividade parcialmente aberta à imprensa, o novo comandante mostrou estilo bem diferente do antecessor Luiz Felipe Scolari, mas manteve a base da equipe utilizada pelo ex-técnico para o duelo deste sábado contra o Figueirense, às 18h30m (horário de Brasília), em Florianópolis. Em vez da gritaria e da pouca movimentação, Kleina mostrou um estilo mais ativo e, ao mesmo tempo, compreensivo para passar confiança aos jogadores.

Estiveram acompanhando o treino do novo técnico o Presidente do Arnaldo Tirone, o vice Roberto Frizzo e o ex-goleiro Marcos, que está hospedado com a delegação para dar apoio ao elenco. O técnico reuniu os 11 considerados titulares, conversaram bastante, depois mostrou posicionamentos em uma prancheta e já mandou todo mundo para um coletivo – exceção de  Valdivia, que fez fortalecimento muscular, João Vitor, com dores no pé direito, e Barcos, que retornou nesta manhã da seleção argentina e foi poupado.

Em quase uma hora de coletivo, os escalados foram Bruno, Artur, Maurício Ramos, Thiago Heleno e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Daniel Carvalho; Maikon Leite e Betinho. Daniel e Betinho fizeram as funções de Valdivia e Barcos.

Duas características chamaram a atenção no método Gilson Kleina: a primeira é que ele sempre esteve em cima da jogada, ao contrário de Felipão, que costumava observar mais e pouco se movimentava em campo. A segunda caracteristica é o estilo mais “paizão”, menos enérgico do que Felipão. A cada erro, Kleina tinha uma palavra de apoio. Sem confiança após um erro grave na derrota para o Corinthians, o lateral-esquerdo Juninho deixou passar por baixo de seus pés um passe simples dado por Maurício Ramos. Bola daquelas que demonstra a falta de concentração do jogador. Todos responderam imediatamente com aplausos, puxados por Gilson Kleina:

– Está bom, Juninho, está ótimo! Segue o jogo!

Quando Daniel Carvalho deu um combate em Leandro Amaro, que jogava no time reserva, Kleina elogiou:

– Tem de fazer o cara quebrar a bola, está perfeito, não pode deixar todo o trabalho para a zagueirada aqui.

O ambiente parecia menos carregado que o de costume após a má fase no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras está na 19ª colocação da competição nacional. Para o duelo com o Figueirense, Artur, Obina e Luan estão suspensos. Os titulares de atraque devem ser Barcos e Maikon Leite, enquato Valdivia deve se recuperar e atuar na meia.