Timão deve atuar sem a Fiel no Pacaembu na quarta-feira

Por Vladimir da Costa

Nesta quarta-feira o atual campeão da Libertadores estreia dentro de casa, no Pacaembu, mas o que era pra ser uma noite de festa, ainda segue sem resposta. Depois da morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, no jogo diante do San José, mudou todos os planos e agora, o time espera que a entidade sul-americana se pronuncie definitivamente sobre o recurso apresentado pelo Corinthians na sexta-feira para a liberação dos torcedores no estádio, que em caso de resposta negativa, deve permanecer fechado até a próxima semana, já que não receberá jogos no meio de semana.

Fachada do Pacaembu, que deve permanecer fechado durante os jogos do Timão (DIVULGAÇÃO)

Visivelmente mais abalado pelo ocorrido, o técnico Tite não quer que isso passe para os jogadores que entrarão em campo, principalmente se o estádio estiver literalmente vazio. O treinador quer assegurar que os jogadores tenham equilíbrio emocional suficiente para jogar pelo menos a primeira fase da Libertadores sem a presença da torcida.

– Foi tudo muito rápido, mal tivemos tempo de descansar. E falo de corpo e cabeça. Estamos disputando duas competições de muita grandeza e importância. Eu já falei para o Fábio (Mahseredjian): precisamos estar fortalecidos, recuperados, para aguentar esse nível de exigência – afirmou.

E a tarefa será dura, caso a punição feita pela Conmebol prevaleça e o time jogue os três jogos que tem da primeira fase sem torcida, contra Millonarios, Tijuana e San José, O técnico pediu ainda que as autoridades prezem pela integridade física de seus atletas, imaginando represálias quando jogar fora de casa.

– Ficarei atento ao meu trabalho, mas gostaria de nunca mais participar de um episódio como esse. Não tinha como prever, mas prometo que, se eu observar algum aspecto de falta de segurança, vou usar a mídia para denunciar. Não quero mais participar de um momento como aquele – explicou.

O Corinthians cogitou abandonar a competição, caso a punição seja mantida. A principio, enquanto não houver uma definição sobre quem foi o culpado pelo disparo do sinalizador, o time segue sem atuar com a fiel dentro do Pacaembu e em jogos quando for visitante. Agora a briga não é só criminal e de regulamento, mas financeira e política, já que envolve direitos de transmissão e prejuízos para os cofres do clube que pode perder até R$ 15 milhões, se tiver que ressarcir todos os ingressos vendidos antecipadamente.