Duelo em Santa Catarina fez jus ao público e renda.

Por Vladimir da Costa

Quando uma partida é chata, o público passa a prestar atenção em outras coisas no estádio: no tio da pipoca, começa e usar o whatsapp, tuitar. Alguns mais politizados, começam a pedir jogador, xingar tudo e todos, vaiar, mas isso só vale para partidas ruins tecnicamente, e claro, desde que tenha torcida no estádio. Mas e quando não há?

Infelizmente, foi o que aconteceu em Santa Catarina. Em partida válida pela segunda rodada do brasileiro, o confronto entre Joinville e Palmeiras, neste domingo, foi vazia, triste. Depois de 90 minutos e quase nenhuma emoção, as duas equipes empataram sem gols em uma Arena Joinville com portões fechados – por causa de punição decorrente de em jogo contra a Ponte Preta no brasileiro do ano passado, sorte dos torcedores, ruim para a TV, a CBF, o campeonato.

Sem torcida nas arquibancadas e pouco futebol dentro de campo. (Foto: Julia Abdul-Jak/Agência Eleven)

Sem torcida nas arquibancadas e pouco futebol dentro de campo. (Foto: Julia Abdul-Jak/Agência Eleven)

Com o resultado, o Joinville chegou ao seu primeiro ponto. Um a menos que o Palmeiras que ainda não venceu no Brasileiro. Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o Goias, no Allianz Parque, às 11h (de Brasília) de domingo. Um dia antes, o Joinville visita o São Paulo, às 18h30, no Morumbi.

A partida

O primeiro tempo não teve absolutamente nenhuma grande jogada. Em ritmo lento, o Palmeiras manteve a posse de bola, tocou de um lado para o outro e praticamente não criou nenhuma oportunidade. Com Zé Roberto como meia, o time pouco produziu.

O Joinville, por sua vez, também quase não assustou. O lance mais perigoso foi um cruzamento de Rogério que Fernando Prass acabou soltando e a defesa afastou o perigo.

O Palmeiras tinha mais posse de bola, mas não transformava o domínio em chances de gols. O time alviverde não deu nenhum chute a gol nos 45 minutos iniciais. Por sua vez, a equipe da casa parecia satisfeita em não se expor e também pouco assustava a meta de Fernando Prass.

Percebendo a impotência criativa de sua equipe, Oswaldo de Oliveira aproveitou o intervalo para sacar Egídio, mandar Zé Roberto para a lateral esquerda e colocar Valdivia em campo. Aos oito minutos, a mudança parecia causar efeito, O chileno apareceu bem, batendo de primeira após passe da Rafael Marques. A bola passou à direita do gol de Oliveira. Marcelinho Paraíba devolveu o susto com um chute perigoso.Mas a mudança não surtiu efeito.

O alviverde não ganhou mais profundidade, e o time seguiu sem inspiração – só teve chances mais claras nos minutos finais, com Leandro Pereira e o próprio chileno. Os donos da casa por sua vez também não tinham a técnica necessária para melhorar a partida.