Equipe Alviverde mesmo já rebaixada, demonstrou o habitual nervosismo e perdeu mais uma no Brasileirão

Por Vladimir da Costa

Uma partida pra recomeçar, esse era o lema do Palmeiras rebaixado no final de semana passado, que jogava em casa contra o já também rebaixado Atlético-GO. E o que se viu, ao menos do lado verde do campo é que muita coisa tem que mudar.

Com um time renovado, o Palmeiras entrou em campo repleto de jovens, formados na base e sedentos por mostrar seu valor á torcida e ao técnico Gilson Kleina, mais ao treinador, já que o Pacaembu estava quase vazio. Pouco mais de 4 mil torcedores foram prestigiar, ou fazer alguma novos protestos contra diretoria e jogadores.

A partida

Com muitos jovens e uma equipe remendada, o Palmeiras demorou a engrenar na partida. Os jogadores mais inexperientes eram os que pareciam demonstrar mais vontade, mesmo sem ter culpa pelo que havia acontecido, eles corriam e brigavam em todos os lances. Obina, lento e acima do peso, pouco tocava na bola.

Com Vinícius e Bruno Dybal e Oliveira, o Palmeiras assustava somente em chutes de longa distancia.
Aos poucos o Dragão ia dominando as ações no meio campo e começava a levar perigo e o gol não acabou saindo.

Atacante Vinícius foi brigador o jogo todo, mas não conseguiu evitar novo vexame verde (Foto:Reinaldo Canato/Uol)

Mais que mérito do adversário, o gol saiu de uma falha da promessa verde para o gol. O goleiro Raphael Alemão saiu errado do gol. Socou a bola nos pés de Rayllan que não perdoou.

O gol desestruturou ainda mais o já perdido time do Palmeiras.

O Atlético-GO perdeu boas chances com Rayllan, Eron e Patric que não tiveram calma para marcar e afundar ainda mais a equipe Alviverde, mas não fizeram e o Palmeiras se reencontrou no jogo.

E chegou ao empate quase na mesma moeda. Em um lance de bola parada, Márcio trombou com Diego Giaretta na área, Mazinho desviou e Patrick Vieira só teve o trabalho de empurrar para as redes.

O gol deu novo ânimo ao Palmeiras que quase virou com Correa, de falta, mas Márcio se recuperou da falha anterior e salvou sua equipe de levar o segundo.

Segundo tempo

Parecido com o primeiro tempo o Palmeiras não conseguia criar jogadas de perigo. Somente em cobranças de escanteios ou em faltas na intermediária o time levava algum perigo ao adversário.

Com jogadores mais relaxados, e com um time mais “redondo” em campo, o Atlético-GO era mais perigoso. Jogando muito pelas pontas e em velocidade, quase sempre no mano a mano, o Dragão criava boas chances de fazer seu gol.

Barcos acompanhou sua equipe das tribunas do Pacaembu (Foto: Reinaldo Canato/UOL)

E não demorou para ser premiado. Ernandes, livre de marcação na intermediária, arriscou um chute rasteiro, chutou rasteiro e bola entrou no canto esquerdo de Raphael Alemão. Uma bola defensável.

Desorganizado, o Palmeiras seguia sua sina de muitos passes errados e chances perdidas. Em nova chance de falta, Artur cobrou, mas Márcio espalmou. Em nova chance de bola parada, o goleiro saiu errado em tentativa de Correa, mas Wellington não aproveitou a chance. O Palmeiras corria e Vinícius era o jogador mais acionado dentro de campo, mas muitas vezes isolado, não conseguia dar sequências as jogadas.

E o que estava ruim, ficou pior. Wellington fez falta violenta, levou o segundo amarelo e deixou a equipe com um a menos.
E o jogo seguiu ainda mais morno até que o árbitro acabasse a partida para alivio da torcida que presenciou mais uma derrota, mas agora com novas caras, alguns que podem render bons frutos no futuro, mas que precisam de tempo para amadurecer. E tempo o Palmeiras terá. Só precisa saber se a torcida terá paciência para que isso ocorra.

Na última rodada, o Palmeiras enfrenta o Santos, sábado, às 19h30m, na Vila Belmiro. O Atlético-GO recebe o Bahia, domingo, às 17h, no Serra Dourada.