Novamente o resultado do alviverde não foi dos melhores diante do time alagoano.

Por Paulo Edson Delazari
Valdivia não foi capaz de fazer mágica diante da forte marcação do ASA. (Foto: Gazeta Press)

Valdivia não foi capaz de fazer mágica diante da forte marcação do ASA. (Foto: Gazeta Press)

Nem mesmo os mais de 17 mil torcedores que compareceram ao Allianz Parque Arena conseguiram empurrar o time a vitória diante do ASA de Arapiraca pela Copa do Brasil. Mesmo melhor em campo nos dez primeiros minutos, o time comandado por Oswaldo de Oliveira não foi capaz finalizar com perfeição a gol e saiu de campo com um amargo 0 a 0.

O resultado chateou os torcedores presentes e estes vaiaram o treinador, entendendo que este é o culpado de tamanha improdutividade da equipe nas últimas três partidas. O resultado faz com que a equipe alviverde tenha que vencer fora de casa ou empatar com gols para passar a próxima fase da competição. Em caso de novo 0 a 0 os clubes disputarão a vaga nos penais e em caso de derrota o Palmeiras ressuscitará o fantasma de 2002 quando foi eliminado pelo mesmo ASA. O jogo de volta será disputado em Julho, ainda sem data definida.

O próximo confronto do Palmeiras será domingo as 16h diante do arquirrival Corinthians na Arena Corinthians e uma derrota talvez decrete a saída de Oswaldo de Oliveira e traga a tona o nome de um velho conhecido, o rodado e multi-campeão Vanderlei Luxemburgo.

O jogo

Oswaldo de Oliveira assume culpa pelo resultado negativo e vê cargo em perigo. (Foto: Gazeta Press)

Oswaldo de Oliveira assume culpa pelo resultado negativo e vê cargo em perigo. (Foto: Gazeta Press)

Oswaldo de Oliveira não se apega à nenhuma escalação, da mesma forma que insiste no esquema. O 4-2-3-1 deixou de funcionar há semanas, mas o técnico só mexe nas peças. Os escolhidos desta noite apenas foram expostos a xingamentos de torcedores raivosos pela má fase da equipe.

Quem reclamava, porém, não era de organizada. Todas as uniformizadas do Palmeiras mantiveram o protesto contra o preço dos ingressos e dos planos para sócios-torcedores e ficaram caladas ao longo de todo o primeiro tempo. O silêncio serviu de eco para que palavrões e ofensas variadas fossem ouvidas até o intervalo, a maioria endereçada ao treinador.

Para aumentar a irritação, o ASA passou os primeiros dez minutos marcando no campo de ataque. O time mandante só conseguiu passar com mais eficiência do meio-campo graças à movimentação de Alan Patrick. Apesar das claras deficiências técnicas, o meia compensava mais uma atuação apática de Valdivia, mas a esperança de toque de bola, mesmo que estimulada por um só jogador, durou pouco.

Aos 11, Alan Patrick ajeitou de calcanhar para Egídio tocar rasteiro, encontrando Cristaldo livre, quase na pequena área, e o argentino bateu tão fraco que recuou para o goleiro. Aos 13, Alan entregou para Valdivia, que lançou com precisão para Lucas cruzar da linha de fundo e Alan Patrick aparecer para cabecear firme, obrigando Pedro Henrique a fazer boa defesa. E foi só.

O palmeirense não pôde nem imaginar mais que poderia ver as redes do ASA balançadas antes do intervalo. O Palmeiras se atrapalhava com a bola e ninguém se salvava. Entre erros de passe e divididas duras, literalmente brigando pela bola, o caro e reformulando elenco se igualava em todos os critérios com um adversário que disputa a terceira divisão nacional – e só empatou na Série C até agora.

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 0 X 0 ASA-AL

Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 27 de maio de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Luciano Roggenbaum e Diego Grubba Schitkovski (ambos do PR)
Cartões amarelos: Jackson, Vitor Hugo, Kelvin e Leandro Pereira (Palmeiras). Fábio Alves e Chiquinho (ASA)
Público: 17.212 pagantes
Renda: R$ 931.492,50

PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca (Cleiton Xavier); Kelvin, Valdivia e Alan Patrick (Zé Roberto); Cristaldo (Leandro Pereira)
Técnico: Oswaldo de Oliveira

ASA: Pedro Henrique; Jorginho (Cal), André e Lucas; Gabriel, Max Carrasco, Alex e Fábio Alves (Chiquinho); Marcos Antônio, Uéderson (Everton) e Valdanes
Técnico: Vica