Em noite de pouco futebol e protesto, São Paulo volta a vencer, mas deixa a desejar para seus torcedores.

Por Vladimir da Costa

O São Paulo entrou com uma equipe bem modificada da considerada titular. Sem Dória, com entorse no tornozelo esquerdo, Rafael Toloi, suspenso, Souza, com uma lesão na coxa direita, e Luís Fabiano, com uma contratura na coxa, além de Bruno e Paulo Henrique Ganso não relacionados por opção da comissão técnica, a equipe tricolor até dominou a posse de bola durante quase toda a partida, mas não conseguia converter essa vantagem em bola na rede, o que irritou os poucos torcedores presentes, que protestaram contra o time e contra o preço dos ingressos, principalmente na libertadores.

A vitória deixou o São Paulo com 20 pontos, cinco a mais que o Mogi Mirim. Na próxima rodada do Paulistão, o São Paulo encara a Ponte Preta, domingo, no Moisés Lucarelli, em Campinas, às 16h. Já o São Bento, quarto colocado no Grupo 2 com nove pontos, lutando contra o rebaixamento, recebe o Mogi Mirim em Sorocaba, na terça-feira.

O jogo

Rogério é abraçado por seus companheiros após fazer o gol da vitória do tricolor.(Foto: Marcos Ribolli)

Rogério Ceni é abraçado por seus companheiros após fazer o gol da vitória do tricolor. (Foto: Marcos Ribolli)

Mais uma vez, com um time “novo”, o tão sonhado padrão de jogo e entrosamento, não aconteceu no Morumbi. O começo do confronto já demonstrava que os poucos torcedores presentes teriam de ter paciência. Com para Lucão e Edson Silva, formando a zaga titular e com Kardec e Pato na frente, a fabrica de gols, acabou não acontecendo.

O tricolor chegou com Rogério Ceni, aos 13 minutos. Em cobrança de falta, o goleiro bateu com categoria e deu trabalho para o Henal. São Paulo tentou se impor em campo, mas, somente no final do primeiro tempo os donos da casa voltaram a assustar o frágil São Bento, em uma bola na trave em cabeçada de Centurión, aos 46 minutos, muito pouco.

Na parte defensiva, o camisa 1 também mostrou por que é o titular há mais de uma década. Bem posicionado, ele foi bem em todas as vezes que foi acionado e passou segurança para Lucão e Edson Silva, que formaram a zaga titular nesta quinta-feira.

Na etapa final, o São Paulo voltou da mesma maneira, apagado. Michel Bastos era quem mais se esforçava em campo e, consequentemente, quem criava as melhores oportunidades. No primeiro tempo, o camisa 7 já havia servido duas vezes Centurión, que desperdiçou a primeira e carimbou a trave na segunda, e ainda encontrou Thiago Mendes na entrada da área para bater com perigo ao gol.

Quando a partida parecia se encaminhar para um empate sem gols, Hudson que havia entrado no intervalo, na vaga de Thiago Mendes, foi derrubado por Marcelo Cordeiro dentro da área: pênalti para Rogério Ceni. A caminho da cobrança deve ter passado um filme na cabeça do goleiro, que friamente, fez o gol da vitória com categoria, aos 27 minutos, deslocando o goleiro adversário. Ceni trocou o chute forte por uma cobrança chapada, colocada, deslocando o goleiro e tranquilizando os torcedores no estádio. O maior goleiro artilheiro do mundo, agora, soma 125 gols na carreira, sendo 60 de falta, 65 de pênalti e um com a bola rolando.