Surpresas no sábado e controle no domingo

Por Vladimir da Costa

No sábado, dois resultados inesperados, para dizer o mínimo.

O duelo entre Santos e Portuguesa no Pacaembu, serviu para constatar duas coisas. A primeira é que sem Neymar, o Santos não vai. Não se sabe dizer que o desfecho da novela Ganso tenha tido influência no resultado, mas o fato é que o Peixe sucumbiu diante da Lusa. Acabou 3 x 1, mas era pra ter sido um monte. Jogando solto, com jogadas bem trabalhadas e algumas belas jogadas individuais, anularam o time da Vila durante os 90 minutos, e, praticamente acabou com a esperança do Santos de conquistar uma vaga para a libertadores. A segunda constatação é que a Portuguesa é imprevisível. Uma das candidatas certas ao descenso, a equipe está cada vez mais longe da zona de rebaixamento, em 12º lugar, com 32 pontos, e ao longo da competição mescla ótimas atuações, como a de ontem e outras pífias.

Mais tarde, foi a vez do Palmeiras surpreender, positivamente. Com bela atuação de Marcos Assunção, que participou dos três gols da equipe, o Verdão chegou aos 23 pontos e ganhou uma semana mais amena para poder trabalhar para o próximo confronto. Agora, a equipe está a “apenas” cinco pontos de deixar a zona de rebaixamento.

Nos jogos de domingo, São Paulo e Corinthians entraram em campo com missões distintas.

Em busca de mais 10 pontos em 11 rodadas, o Corinthians espera chegar aos 45 pontos para poder se dedicar somente a preparação do Mundial de clubes, enquanto isso, Tite mescla jogadores para avaliar todo o grupo que vai entrar na lista final. E mesmo sem grandes ambições na competição o Timão segue dando trabalho para os times que disputam a parte de cima da tabela.

O Botafogo suou para empatar e só conseguiu graças a sua, quase estrela solitária, Seedorf, que de fato é o jogador que desequilibra na equipe.

O melhor paulista do Brasileiro segue sendo o São Paulo. Com 42 pontos, na quinta colocação, dois a menos que o Vasco, quarto colocado, a equipe apresentou seu mais novo e mais importante reforço neste domingo, no Morumbi, Ganso, que viu a torcida encher o estádio para dar uma recepção digna de um camisa 10 da Seleção. Agora é com ele, vai ter que se recuperar e justificar o alto investimento e confiança depositada nele. O jogador deve jogar apenas as últimas sete rodadas do Nacional e foi apresentado para sua nova e motivada torcida.

O meia viu de camarote que vai ter trabalho para ajeitar o meio campo do Tricolor, que sofreu para ganhar do Cruzeiro, que jogou basicamente atrás o tempo todo e mesmo assim, o São Paulo, que dominou o jogo inteiro, não achou brecha para ampliar o placar.

Agora, é saber se a equipe vai manter sua ascensão para chegar no tão sonhado clube dos quatro.