Peixe não toma conhecimento do tricolor e vai a sua sétima final seguida de Paulistão.

Por Vladimir da Costa

Na segunda semifinal do domingo, o duelo não foi equilibrado como o primeiro. Apresentando a mesma apatia dos últimos quatro meses, o São Paulo não fez frente para o Santos e acabou sendo eliminado no paulista. Os atacantes santistas fizeram o que o são-paulinos não chegaram nem perto de fazer e deram a vitória para os donos da casa.

Robinho aplaude o Geuvânio, que marcou um golaço no primeiro tempo. (Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press)

Robinho aplaude o Geuvânio, que marcou um golaço no primeiro tempo. (Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press)

É bem verdade que os goleiros pouco trabalharam, apesar dos gols sofridos, Rogério e Vladimir não foram mero coadjuvantes. Rogério teve mais participação, pegou dois chutes e viu a bola acertar a trave. Já o goleiro santista, que nada pode fazer no gol de Luis Fabiano, não foi exigido em nenhum momento nos 90 minutos que esteve em campo.

O Santos mostrou que tem um ataque poderoso e veloz. Com Robinho comandando as principais ações, coube a Geuvânio marcar o primeiro gol da partida. Numa disparada antes do meio campo, o atacante não viu ninguém pela frente e avançou, passou por todo mundo até ficar em posição adequada para marcar um lindo gol. O segundo foi em jogada bem trabalhada. A defesa apática do São Paulo não marcou, Cicinho levantou a cabeça, viu Ricardo Oliveira livre e rolou para o atacante fazer mais um na competição.

Com a vitória, o Santos chega a uma marca expressiva. Será a sétima final seguida do time da Vila Belmiro. A quarta semifinal, sobre em cima do São Paulo, que tenta juntar os cacos para um importante compromisso no meio de semana. Terá a partida decisiva contra o Corinthians, pela libertadores.

Amigos, somente um foi protagonista na Vila nesta noite. Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Amigos, somente um foi protagonista na Vila nesta noite. (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)

Já o Santos, terá a semana toda para se preparar para a finalissíma contra o Palmeiras, que venceu o Corinthians nos pênaltis. A primeira partida será no Allianz Parque e a grande decisão, na Vila Belmiro.

O jogo

A partida começou parelha, com os times se estudando, tocando a bola no meio campo. O Santos, quanto tinha a bola procurava acelerar a jogada, aproveitando o veloz ataque que tinha, comandado por Robinho. O São Paulo por sua vez, sem força nas laterais, centralizava o jogo pelo meio, com Ganso e Michel Bastos, os jogadores mais ativos da equipe.

Pouco a pouco, o Santos foi controlando o jogo. O São Paulo ficava com a bola, mas não sabia o que fazer com ela. Sabendo disso, o peixe esperou o momento certo para dar o bote.

Pato teve duas chances, mas não conseguiu aproveitar. (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)

Pato teve duas chances, mas não conseguiu aproveitar. (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)

A maioria das jogadas foi criada por Robinho e Lucas Lima. O camisa 7, inspirado com seus dribles, quase abriu o marcador após pedalar para cima do marcador e chutar forte, cruzado, para boa defesa de Rogério Ceni.

Até que aos 35 minutos, o ingênuo São Paulo (nas palavras de Michel Bastos), levou o primeiro. Geuvânio, arrancou do campo do Santos, passou em velocidade por dois marcadores e chutou forte da entrada da área para abrir o placar da Vila para delírio da torcida.

Mesmo atrás do placar, o São Paulo seguia em ponto morto, sem brio e o Santos, com a vantagem, apenas esperou o final da primeira etapa.

O São Paulo começou a etapa final com Luis Fabiano no ataque, com o objetivo de ser mais ofensivo. Mas quase viu o Santos fazer o segundo com uma ajuda involuntária do árbitro Raphael Claus. O juiz atrapalhou Denilson em uma jogada, e a bola sobrou pra Geuvânio, que passou para Ricardo Oliveira. O atacante chutou cruzado, e a bola raspou a trave direita de Rogério Ceni.

E assim seria nos próximos 45 minutos. Ataque contra defesa, mesmo em ritmo lento, apenas um time jogava bola.

Com liberdade, Ricardo Oliveira teve mais duas chances. Se na primeira a bola foi para fora, a segunda carimbou a trave. Na terceira, o atacante não perdoou. Aos 30 minutos, Chiquinho invadiu a área e tocou para atacante, sozinho, completar para o gol: 2 a 0. Agora, com 10 gols, ele é o artilheiro do Paulistão.

Jogadores do Santos se abraçam apos mais um gol santista diante do São Paulo. (Foto: Marcos Bezerra / Agência Estado)

Jogadores do Santos se abraçam apos mais um gol santista diante do São Paulo. (Foto: Marcos Bezerra / Agência Estado)

Quando a festa era total nas arquibancadas, o São Paulo descontou com Luis Fabiano, em posição duvida,mas não conseguiu chegar ao empate e acabou sendo, novamente, eliminado Santos e se jogar assim, será também eliminado na libertadores para o Corinthians.

Do lado Santista, foi só festa, o melhor ataque da competição chega a mais uma final, e busca mais um titulo paulista, agora contra o Palmeiras.