Com futebol burocrático, Tricolor foi até Campinas e venceu a Macaca

Por Vladimir da Costa

Na estreia do brasileirão 2013 o São Paulo foi até Campinas para enfrentar a Ponte Preta e mesmo sem apresentar um bom futebol, conseguiu os três pontos.

gadores do São Paulo comemoram gol diante da Ponte Preta Jogadores do São Paulo (Foto: Almeida Rocha)

Mesmo tendo ficado 15 dias só treinando em Cotia, o tricolor apresentou velhos problemas. Dificuldade em sair jogando, vários passes errados e indisciplina. Mesmo com vantagem no placar e ficando mais tempo com a bola durante quase todo o jogo, a equipe do Morumbi fez quase o dobro de falta do adversário (25), tanto que terminou, mas uma vez, com um homem a menos. Depois de uma jogada toda errada, Edson Silva perdeu a bola na corrida e acabou levando o segundo amarelo após falta infantil.

No ataque, Osvaldo que voltava de lesão, ainda está abaixo do que pode apresentar, assim como Luis Fabiano, que novamente não fez boa partida, teve duas boas chances, mas o camisa 9 tricolor não conseguiu fazer o gol. Assim como o meio campo tricolor, que pouco produziu em jogadas de ataque, que ficaram muito centralizadas pelo meio, Ganso fez falta.

O lado positivo ficou por conta da boa partida feita por Lucio e por Denis. O zagueiro demonstrou calma e passou segurança para o restante da equipe, assim como o goleiro tricolor, sempre que foi exigido, pegou os chutes do adversário.

Agora, o São Paulo terá o Vasco na quarta-feira, às 22h, no Morumbi, pela segunda rodada da competição. Já a Ponte Preta joga no mesmo dia, às 21h, diante do Flamengo, em Juiz de Fora – o mando de campo é do time carioca.

O jogo

A partida começou sonolenta, com a Macaca melhor no jogo, buscando jogar pelo lado do campo, com Cicinho e Baraca, enquanto o tricolor cadenciava quando tinha a bola nos pés.

Apesar de melhor na partida, a Ponte chegava pouco, o time não arriscava chutes de fora da área o que facilitava a vida dos defensores que cercavam na marcação para ficar com a bola. O São Paulo pouco assustava e antes dos 25 minutos do primeiro tempo, a equipe do Morumbi já tinha seus dois zagueiros pendurados, Edson Silva por falta dura e Lucio, por reclamação.

O zagueiro inaugurou o placar aos 28 minutos, justo no momento e que a Ponte era melhor. Depois da cobrança de escanteio pela esquerda, Lucio subiu mais que todo mundo e cabeceou, sem chances para Edson Bastos.

Depois de dias turbulentos, Lúcio comemora gol marcado diante da Macaca (Foto: Almeida Rocha)

A partida seguiu morna, com raras chances de gols. O São Paulo melhorou, porém não chegava com perigo. Osvaldo não estava em sua melhor forma e com isso, Luis Fabiano pouco participava do jogo. O atacante teve apenas uma oportunidade, mas não conseguiu por pra dentro. Jadson recebeu dentro da grande área e cruzou, Luis Fabiano se antecipou ao marcador e cabeceou livre, Edson Bastos caia para o canto direito, onde o 9 tricolor jogou a bola para defesa do goleiro.

E depois de uma lambança dentro da área, aos 44 minutos, o tricolor chegou ao segundo gol. Diego Sacomam errou a bola, acertou Silvinho e o árbitro marcou o pênalti. Na cobrança, Jadson bateu firme no canto direito de Edson Bastos e deixou o São Paulo ainda mais tranquilo na partida.

O segundo tempo o São Paulo voltou mais atrás, esperando a Ponte acabar para surpreender no contra-ataque, mas em um desses ataques da macaca, aos 13 minutos, Edson Silva errou a bola, perdeu na corrida para Rildo e acabou cometendo a falta. Expulsão que o zagueiro nem reclamou.

Com isso a ponte seguiu em cima, mas pouco criava, quando conseguia chegar, seus atacantes não conseguiam passar por Denis. Na melhor chance, Alemão ficou cara a cara com o goleiro são-paulino, mas bateu fraco e Denis encaixou a bola.

Aos 25 minutos, Luis Fabiano recebeu ótimo passe de Douglas, dentro da área, mas demorou para finalizar e o zagueiro chegou bloqueando.

A partir daí, ficou ataque contra defesa, mas o ataque era confuso. A Ponte Preta forçava muito pelo meio o que facilitava para os defensores tricolores. E foi assim até o final, uma Ponte desorganizada, contra um tricolor que quando tinha a bola, tocava de lado, esperando o final da partida, que veio, com quatro de acréscimo.