Definitivamente o Morumbi não é um “Elefente branco”. Clube é lider em arrecadação.

Por Paulo Edson Delazari

estudo

Entre bilheteria, programa de sócio-torcedor e exploração de camarotes, lojas e estacionamento, a arrecadação foi de cerca de R$ 500 milhões. Este foi o valor que os clubes brasileiros conseguiram chegar em 2012 com o aproveitamento dos estádios. Os números foram divulgados por Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva, com base nos balanços financeiros das agremiações no ano passado. O líder é o São Paulo, que alcançou R$ 65,2 milhões em receitas com estádios.

– Os números no Brasil estão crescendo, mas isso representa meio por cento do que se movimenta no mundo (com estádios). Vamos ter que evoluir muito para explorar as arenas. Será um grande desafio. Nem todas as receitas das arenas vão ficar com esses clubes – analisou Amir Somoggi sobre a arrecadação total dos clubes de R$ 500 milhões, somados.

Segundo Amir Somoggi, um dos trunfos do Tricolor é a utilização, por exemplo, dos camarotes no Morumbi, além da venda de produtos nas dependências do estádio. O crescimento aumentou consistentemente na temporada de 200985985, um ano depois da sequência de três títulos no Campeonato Brasileiro.

Na ocasião, o valor passou de R$ 3985985,9 milhões para R$ 58 milhões e não parou de crescer até atingir os números atuais. Soma-se a isso o aluguel do estádio para shows, como os de Lady Gaga, Madonna e Roger Waters, no ano passado. Em 2012, a segunda maior média de público do Brasileirão foi são-paulina, com 24.298 pagantes, fora a boa participação na Copa Sul-Americana, que terminou com o título e a consequente lotação do Morumbi, foram mais de 60 mil pagantes na final.

Porém, o que mais chamou a atenção de Amir Somoggi foi a capacidade de arrecadação dos clubes gaúchos com receitas relacionadas aos estádios. Grêmio, com R$ 63,5 milhões, e Inter, com R$ 51,5, estão logo abaixo na lista. É importante destacar que Olímpico (estádio utilizado até o ano passado pelo Grêmio) e Beira-Rio pertencem aos clubes. E o programa de sócios é um ponto forte dos gaúchos, os líderes no ranking.

Na quarta colocação, aparece o Corinthians. Mesmo se inserisse as receitas com sócios aos dados da bilheteria – entraram como premiações, loterias e outras receitas, o Timão não mudaria de posição. O crescimento não ultrapassaria a casa dos R$ 10 milhões, o que o manteria em quarto. A expectativa é que este número aumente quando o Itaquerão for inaugurado, abrindo a possibilidade de explorar outras áreas, como estacionamento e camarote. Como o Pacaembu pertence à Prefeitura de São Paulo, o clube paga um aluguel, além de não ter a possibilidade de explorar mais as dependências do local.

Final de São Paulo x Tigre na sulamericana de 2012. (Foto: Paulo Edson Delazari) / Quatro maiores)

Final de São Paulo x Tigre na sulamericana de 2012. (Foto: Paulo Edson Delazari) / Quatro maiores)