Jogando na Colômbia, tricolor priorizou a defesa e garantiu vaga na semi com empate em 0 a 0.

Por Vladimir da Costa

 

Diante de uma torcida fanática o Atlético Nacional bem que tentou, mas não conseguiu superar as expectativas depositadas nele e acabou sendo eliminado pelo São Paulo na partida desta quarta-feira, em Medellín.

Os donos da casa em nenhum momento fizeram uma pressão mais efetiva no São Paulo, que não fez uma grande partida, pelo contrário, abdicou do ataque para focar numa defesa que não perdeu uma bola sequer. Antônio Carlos e Rodrigo Caio levaram vantagens em todas as jogadas e com isso, ajudaram o São Paulo a não levar gols e conseguir a tão sonhada classificação para a semifinal da competição.

Agora, é esperar o desfecho da rodada para saber  se precisará cumprir o regulamento e fazer o confronto obrigatório entre clubes do mesmo país na semifinal. Caso a Ponte Preta passe pelo Vélez a macaca será o próximo adversário tricolor, do contrário o adversário será o Libertad do Paraguai.

O jogo

Assim como o restante do time, Aloisio mais defendeu do que criou na frente

Assim como o restante do time, Aloisio mais defendeu do que criou na frente (Foto: Luis Eduardo Norierga / EFE)

Jogando em Medellín o São Paulo fez um primeiro tempo muito abaixo do esperado. Com poucas, ou nenhuma, opção de ataque, o tricolor não chutou sequer uma vez ao gol do goleiro Armani.

Do outro lado, apesar da enorme empolgação da torcida, que lotava as dependências do estádio, o Atlético de Nacional pouco assustou o gol do goleiro Rogério Ceni.

Os donos da casa forçavam muito o jogo pelo meio de campo, o que facilitava a defesa, que era composta por três zagueiros, mais dois volantes. Apenas quando avançava tocando em velocidade, pelas pontas, o Atlético conseguia melhor vantagem. Uribe e Duque eram os mais perigosos, principalmente o segundo. Em duas bobeadas da defesa são-paulina, os atacantes adversários finalizaram com enorme liberdade. Na primeira, o chute saiu por cima, na segunda, faltou força na cabeçada e Rogério pegou com certa facilidade.

A medida que o primeiro tempo seguia, a paciência de Muricy ia junto. Com muitos erros de passes, o time não conseguia aproveitar os espaços que o time adversário dava. Jadson jogava muito longe do ataque e com isso a bola não chegava. Luis Fabiano e Aloisio pouco tocaram na bola e quando o fizeram, faltava qualidade para criar alguma jogada efetiva. Que não aconteceu.

Na saída para o intervalo Luis Fabiano e Rogério Ceni reclamaram do time. O primeiro porque a bola não chegava, e o segundo estava preocupado. O time do Morumbi não ficava com a bola e mal conseguia passar da intermediária.

Coisa que no segundo tempo se repetiu. O Atlético Nacional seguia em cima do São Paulo, mas com pouca efetividade. É bem verdade que o time teve três boas finalizações antes dos cinco minutos, com Cárdenas, que deu trabalho, mas muito pouco para quem precisava vencer. Assim como o São Paulo que não tinha domínio da bola. Além dos passes errados, o time quando roubava a bola na defesa, era só chutão.

O tricolor prioriou a marcação e conseguiu a classificação no empate sem gols (Foto: Fernando Vergara/AP Photo)

O tricolor priorizou a marcação e conseguiu a classificação no empate sem gols (Foto: Fernando Vergara/AP Photo)

Percebendo isso, Muricy Ramalho fez duas alterações antes dos 15 minutos de jogo. Sacou Luis Fabiano e colocou Ademilson, numa tentativa de ganhar velocidade no contra-ataque e Wellington na vaga de Jadson, que não fez uma boa apresentação.

Apesar disso, pouco mudou. Sherman era o mais perigoso pela esquerda, com velocidade, mas não conseguia, assim como seus companheiros, chutar a gol.

A medida que o tempo ia passando, o São Paulo ia se fechando mais, e o Atlético Nacional fazendo mais cruzamentos para dentro da área, um pior que o outro. Tanto pela esquerda quanto pela direita, o time parecia não ter forças, nem qualidade técnica para surpreender o São Paulo.

E assim seguiu até o apito final. Empate e classificação suada para a semifinal da competição.