Tricolor abre vantagem fora de casa ao vencer o time do Bragantino por 2 a 1.

Por Paulo Edson Delazari
Jogadores do São Paulo comemoram gol junto ao ataque Pato. (Foto: Gazeta Press)

Jogadores do São Paulo comemoram gol junto ao ataque Pato. (Foto: Gazeta Press)

O mando era do Bragantino, mas o jogo foi em Ribeirão Preto nesta noite de quarta-feira pela Copa do Brasil diante do São Paulo. Melhor para o tricolor que com a maioria do torcedor ao seu lado venceu por 2 a 1 com gol de Bruno Recife contra e Pato para o São Paulo e Luisinho para o Bragantino.

Com a vitória fora de casa o São Paulo abriu boa vantagem para o jogo de volta no Morumbi no próximo dia 13, pois pode perder por 1 a 0 que ainda garante vaga nas oitavas de final da competição, podendo se juntar a Vasco e Hamburgo que já classificaram e mais os seis representantes brasileiros que disputaram a Libertadores (Atlético-PR, Atlético-MG, Grêmio-RS, Botafogo-RJ, Flamengo-RJ e Cruzeiro-MG).

Apesar da vitória o São Paulo continuou devendo no setor defensivo, pois ofereceu lances de perigo ao goleiro Rogério Ceni, mesmo jogando contra o fraco Bragantino que ocupa o penúltimo lugar na série B do Brasileiro. De positivo a bela participação de Ganso na partida, que deu belos passes e finalizações contra o gol de Renan. O goleiro salvou um lance genial de Paulo Henrique na primeira etapa, após toque de cobertura do meia.

Pato que fez o gol da vitória de pênalti, teve boa participação na partida, se movimentou, deu assistências e buscou jogadas o tempo todo. Agora o São Paulo volta a jogar contra no sábado (2), às 18h30 diante do Criciúma no Morumbi. O Bragantino vai a Santa Catarina enfrentar o Joinvile.

O jogo

Nesta quarta-feira, uma série de desfalques forçou Muricy Ramalho a fazer mudanças no São Paulo. Além de Alan Kardec, impedido de atuar por já ter defendido o Palmeiras nesta edição do torneio, o treinador ficou sem Kaká, que acusou dores na panturrilha direita, e já não tinha também Luis Fabiano e Antônio Carlos, sem contar o reserva Osvaldo, outro sob os cuidados do departamento médico. Alexandre Pato, Maicon e Paulo Miranda ganharam chance.

As três novas caras deram ao time também um novo desenho tático. Muricy escalou três zagueiros (Paulo Miranda entrou para ajudar Rafael Toloi e Rodrigo Caio, que deixou o meio-campo a cargo de Maicon). Os laterais Douglas e Álvaro Pereira, então, receberam maior liberdade para chegar ao ataque, que não teve um homem centralizado – apesar de atuar um pouco mais adiantado do que Ademilson, Pato não esteve fixo dentro da área.

Com bola rolando, a impressão é de que, qualquer que fosse a disposição tática pensada por Muricy, o Bragantino (treinado interinamente por André Gaspar, por conta da contratação ainda muito recente de Paulo César Gusmão) não ofereceria perigo. Mas o São Paulo, apesar do controle absoluto da bola, tinha à sua frente uma formação muito comprometida com a marcação, abdicando quase que completamente do ataque.

A primeira finalização são-paulina a gol – a única correta em quatro tentativas antes do intervalo – saiu aos 15 minutos, quando Pato buscou bola na intermediária, tabelou com Ganso em velocidade, chutou e ganhou escanteio. O próprio atacante fez a cobrança, pelo lado esquerdo, e viu o lateral esquerdo do Bragantino, Bruno Recife, abrir o placar: ameaçado pela presença de Rodrigo Caio, ele cabeceou contra a própria meta e vazou o goleiro Renan.

O gol não abriu espaços para o São Paulo. Foi preciso Rodrigo Caio, orientado por Rogério Ceni, deixar a defesa e surpreender além do meio-campo. Logo na primeira subida, aos 31 minutos, o zagueiro, que tem grande experiência como volante, encontrou Pato na área. O atacante ajeitou de calcanhar para Ganso tocar de leve na bola e quase encobrir Renan, que, atento, deu um passo para trás e espalmou para escanteio. Após a cobrança, porém, o goleiro deu um soco estranho na bola e quase marcou outro gol contra.

Ficha técnica spfc braga

Ficha da partida Bragantino x São Paulo pela Copa do Brasil 2014.

Nos minutos finais da primeira etapa, a equipe do interior, enfim, exigiu atenção de Ceni. No primeiro lance, ao notar bom lançamento para Luisinho, o goleiro são-paulino deixou a meta para afastar a bola pela lateral. Já aos 42 minutos, nada pôde fazer além de torcer: após cobrança de escanteio pelo lado direito, Robertinho desviou de cabeça no travessão. A bola ainda resvalou em Luisinho, em cima da linha, e saiu pela linha de fundo.

A entrada do atacante Léo Jaime no lugar do volante Luisinho, no intervalo, melhorou o Bragantino momentaneamente no início do segundo tempo. Aos cinco minutos, Ceni tentou se antecipar em lançamento para Léo Jaime, mas o adversário conseguiu virar a bola para Luisinho, que teria conseguindo o empate não fosse o chute fraco e a ótima recuperação do goleiro.

Mais ofensivo, o time mandante deu equilíbrio ao jogo. Por outro lado, ficou mais exposto. Aos dez minutos, em uma rápida chegada, Ganso deixou a bola passar a Douglas, que bateu de primeira, por cima do travessão. Cinco minutos depois, o próprio meia foi acionado na entrada da área, avançou em velocidade e chutou rasteiro e cruzado. Renan espalmou e viu a defesa cortar.

Após nova subida do Bragantino, a resposta são-paulina quase garantiu o segundo gol. Não fosse Pato colocar o pé na bola após forte arremate rasteiro de Ademilson à distância. O atacante acertaria o pé aos 31 minutos, quando recebeu a missão de cobrar pênalti sofrido por Álvaro Pereira. Um chute forte no canto direito ampliou a vantagem, diminuída sete minutos mais tarde por Luisinho, depois de cruzamento rasteiro de Léo Jaime. A reação, no entanto, não foi além.