Tricolor surpreende Raposa no Mineirão e acaba com festa das arquibancadas

Por Vladimir da Costa

O São Paulo foi a Minas e resolveu não ser um bom anfitrião na festa que estava pronta para acontecer. Estádio lotado, show de fogos para um time que estava invicto em casa e forte candidato ao titulo que já havia vencido o mesmo São Paulo no primeiro turno por 3 a 0.

Mas não foi o que aconteceu. O Tricolor Paulista mostrou que tem força e folego para lugar firmemente para seguir na primeira divisão do futebol mais equilibrado do mundo. Com muita vontade e disciplina tática, o São Paulo deu um passo importante para a sequencia da competição, se não mudou de posição, ao menos, a moral cresceu, num momento importante, bem antes do clássico contra o Corinthians.

O jogo

Jogadores do São Paulo se abraçam depois de fazerem gol em cima da Raposa

Jogadores do São Paulo se abraçam depois de fazerem gol em cima da Raposa (Foto: Cristiane Matos)

Mesmo jogando fora de casa, o São Paulo começou a partida marcando no campo de ataque. Com isso o Cruzeiro foi obrigado a mudar sua maneira de atuar, que sempre foi jogando em cima do adversário. O melhor ataque da competição não conseguia jogar no campo do adversário.

Nos primeiros minutos, tudo ficou concentrado entre as duas intermediárias, com poucas chances de gol. Com o passar do tempo, porém, algumas oportunidades surgiram, e os dois times estiveram perto de abrir o placar.

A Raposa teve uma chance incrível para abrir o placar. Depois do rebote de Denis em chute de Ricardo Goulart. Willian, sozinho, ajeitou o corpo e mandou a bola na trave, perdendo o gol claro.

O São Paulo e a torcida então começaram a ver um jogador em especial se destacar. As melhores chegadas do Tricolor foram com Paulo Henrique Ganso. A aplicação tática do São Paulo seguia firme e o melhor ataque do campeonato passou em branco contra uma das piores defesas da competição.

Segundo tempo Vitorioso.

Diferentemente da primeira etapa, o Cruzeiro pressionou e atacou o São Paulo, mas esbarrava na falta de pontaria ou nas defesas do goleiro Dennis.

O tricolor precisava segurar o ímpeto cruzeirense que era empurrado pela sua torcida que fazia uma bela festa nas arquibancadas.

E aos poucos o time do Morumbi começou a se soltar a passou a atacar, deixando assim, o jogo aberto e movimentado.

O técnico cruzeirense mandou Dagoberto para o jogo, e Muricy colocou Welliton. O volume de jogo da Raposa continuou forte, mas o Tricolor tocava a bola com mais eficiência e vontade.

O São Paulo demonstrava mais vontade de vencer, até porque precisava muito mais que o Cruzeiro do resultado.

Aos 30 minutos, Maicon tocou para Ademílson, que fez o trabalho de pivô e rolou para Douglas soltar a bomba, dentro da área para inaugurar o marcador no Mineirão.

O lateral Reinaldo comemora segundo gol do clube paulista Paulo Fonseca Futura Press

O lateral Reinaldo comemora segundo gol do São Paulo contra o Cruzeiro (Paulo Fonseca / Futura Press)

Quatro minutos depois, o São Paulo chegou ao segundo gol. Paulo Henrique Ganso bateu falta na barreira, Welliton pegou o rebote e cruzou na cabeça de Reinaldo. Com o gol vazio, ele só teve o trabalho de empurrar para as redes. Porém, o árbitro assinalou gol contra de Éverton Ribeiro, que disputou a bola com o atacante tricolor.

Com a boa vantagem, restou ao Tricolor administrar uma vitória construída com o talento de Ganso.

As duas equipes têm clássicos estaduais no próximo domingo, às 16h. O Cruzeiro enfrenta o Atlético-MG no Independência, que terá maioria alvinegra nas arquibancadas. O São Paulo recebe o Corinthians no Morumbi, e um triunfo pode fazer com que ultrapasse o rival na tabela. Já que o Corinthians tem 36 pontos, o tricolor chegaria a mesma pontuação, mas ficaria na frente pelos critérios de desempate.