Time de Mourinho atropela Barcelona em pleno Camp Nou.

Por Paulo Edson Delazari

Cristiano Ronaldo foi o nome da partida com 2 gols marcados. (Foto: Getty )

Real Madrid vai ao Camp Nou nesta terça-feira e cala torcida catalã. Após empatar o duelo de ida da semifinal da Copa do Rei, a equipe merengue não tomou conhecimento do Barcelona, venceu por 3 a 1 e assegurou a classificação para a decisão do torneio.

Cristiano Ronaldo foi o grande destaque da partida ao participar ativamente do confronto e marcar os dois primeiros gols dos visitantes. O zagueiro Varane, que foi o herói do empate na partida de ida e se tornou titular na vaga de Pepe, também fez o seu. Jordi Alba descontou para a equipe da casa.

Time do Real foi comemorar o 3º gol com Mourinho
A classificação dos merengues foi o tira-teima no confronto. Isso porque nas duas últimas temporadas ambos e cruzaram na Copa do Rei e cada um leva a melhor em uma edição. Em 2011, os madrilenhos ficaram com o título ao baterem os rivais na final, na prorrogação. Na última temporada, o Barça eliminou o maior rival nas quartas de final e caminhou tranquilo até o título.
O resultado ainda representa nada menos que a maior vitória do Real Madrid no Camp Nou desde 1963, quando goleou por 5 a 1, em janeiro.
O triunfo ainda é o mais elástico dos merengues no superclássico, se considerando os jogos dentro e fora de casa desde maio de 2008. Na ocasião, venceu por 4 a 1, no Santiago Bernabéu.
O revés é o pior do Barça no seu estádio desde setembro de 2010, quando perdeu por 2 a 0 para o Hérclues.

No duelo individual, Cristiano Ronaldo superou Messi e melhorou seu retrospecto no clássico diante do argentino. Os dois já se enfrentaram em 22 edições do superclássico, sendo que Messi venceu dez, Cristiano Ronaldo cinco e ocorreram sete empates. Isso considerando quando ambos estiveram em campo. Além de diminuir a desvantagem, o português empatou com o adversário na quantidade de gols marcados: ambos balançaram a rede 13 vezes.

Além disso, Messi segue com 17 gols em superclássicos e não conseguiu ultrapassar os 18 de Alfredo Di Stefano, maior marcador da história do principal dérbi espanhol.

Se Cristiano Ronaldo brilhou, Kaká sequer entrou em campo. O brasileiro tem apresentado boas atuações em seus últimos jogos – marcou um gol e participou do outro na vitória por 2 a 1 sobtre o Deportivo La Coruña no final de semana 0 – começou o confronto no banco e não foi a campo.

Na final da Copa do Rei, o time da capital espera por Atlético de Madri ou Sevilla, que se enfrentarão na quarta-feira. No duelo de ida, os Colchoneros venceram por 2 a 1.
É a 38ª final do Real Madrid no torneio, sendo o clube que mais vezes chegou à decisão. Ao todo, ganhou 18 taças e foi vice em 19 oportunidades.

O jogo

O Barcelona começou o confronto de forma avassaladora e criou duas boas chances logo com um minuto e meio de bola rolando. Iniesta e Messi levaram perigo em finalizações que saíram à direita do alvo.

Cristiano Ronaldo abre o placar no clássico contra o Barcelona
A blitz dos mandantes durou poucos minutos, e os madrilenhos não só equilibraram as ações, como conseguiram abrir o placar rapidamente. Cristiano Ronaldo invadiu a área pela direita e ganhou de Piqué, que perdeu o tempo da jogada, deu carrinho no adversário e cometeu pênalti. O próprio português bateu e converteu a cobrança.

Em desvantagem, o Barcelona seguiu com seu jogo ofensivo e de posse de bola, m,as não parava em uma forte e eficiente marcação dos visitantes, que impediam os catalães de entrarem na área. Assim, o time da casa apostou mais em chutes de fora da área e cruzamentos.

Neste cenário, a torcida e os próprios jogadores do Barcelona se mostravam impacientes com qualquer marcação contrária ao time. Em um dos lances, Pedro invadiu a área, caiu em disputa com Xabi Alonso e pediu pênalti. O árbitro mandou o jogo seguir. Fábregas também reclamou de uma penalidade, que não foi marcada.

Apesar da maior posse de bola dos mandantes, o Real segurou bem a vantagem e foi para o intervalo vencendo. Na volta para o segundo tempo, o Barça intensificou o seu jogo, aumentou a posse de bola e se lançava ao ataque em busca do empate.

Recuado, o time merengue pouco produzia. Porém, em um lance de sorte, habilidade de Di María e oportunismo de Cristiano Ronaldo , os comandados de José Mourinho chegaram ao segundo gol. Aos 12 minutos, Khedira deu um chutão da zaga, e a bola acabou sobrando para Di María, que foi para cima de Puyol, deu drible desconcertante e deixou o capitão adversário no chão. O argentino chutou, Pinto espalmou, e, no rebote, o português fez o seu segundo na partida.

Após o gol, o técnico interino colocou David Villa na vaga de Fábregas, e o Barcelona seguiu apostando na pressão. O Real, por sua vez, seguia se defendendo muito bem e assustava em contra-ataques esporádicos.

Mesmo com o domínio dos catalães, seria o Real Madrid quem marcaria novamente. Aos 23, Özil cobrou escanteio, e Varane, que havia se destacado no duelo de ioda ao fazer o gol de empate, apareceu sozinho no alto e cabeceou no ângulo esquerdo da meta adversária.

O time da casa sentiu o golpe e já não apresentava o mesmo ritmo após o terceiro gol. Mesmo assim, conseguiu descontar aos 44, quando Jordi Alba recebeu passe de cavadinha de Iniesta e concluiu na saída de Diego López. Porém, o Barça não evitou que o dia fosse de Cristiano Ronaldo e do Real Madrid.