O Corinthians pega o Boca preparado para a pressão da torcida

Por Vladimir da Costa

Mais a noite o Corinthians entrará em campo para enfrentar o Boca Junior em La Bambonera, jogo válido pela primeira partida da grande final da Taça Libertadores e a expectativa é grande para esse duelo. Em lados opostos, o Corinthians faz história, já que será a primeira vez que o alvinegro disputa uma final, do lado argentino, será a décima participação em finais, mas isso não é fator decisivo em favor do Boca.

O Corinthians é dono da melhor campanha da competição e o maior trunfo em favor do Boca está fora do campo, sua torcida, que irá fazer La Bombonera pulsar, cantar os 90 minutos, motivando sua equipe os 90 minutos, como de costume.

Os 50 mil ingressos estão esgotados, apenas alguns continuam a venda no mercado negro e seus valores passam dos R$ 1000,00, e a pressão será grande, os 2500 corintianos presentes para empurrar o time, possivelmente, terão seu canto abafado pelos Barra Bravas (como são chamados os torcedores argentinos), força que mexe com quem está no campo.

– É claro que é diferente, não tem como não sentir, só se fosse um açougueiro pra não sentir algo diferente no campo de jogo, mas temos que ter calma, como disse o gentleman (Tite), é nessa hora que separamos os homens dos guris, declarou o atacante Emerson, que volta à equipe titular no lugar de Willian.

Ontem, pela primeira vez, o Boca Junior deixou o time adversário fazer o reconhecimento do gramado antes de uma final, conhecimento que serviu para os jogadores, além do reconhecimento do estádio, observarem a proximidade da arquibancada com o campo.

Fator que não deve pesar para o atual elenco corintiano tem experiência para manter o cabeça no lugar e não sofrer nenhuma baixa durante o jogo. Dos 11 que entrarão em campo, quatro tem grande experiência e sabe da importância de manter a calma durante todo o jogo. Danilo e Fábio Santos foram campeões com o São Paulo em 2005 e Alex, ganhou em 2006, Sheik vai para sua quarta libertadores seguidas.