Contra um adversário consistente, o melhor ataque sofreu para marcar seu gol

Por Vladimir da Costa

Em uma partida muito disputada, com boa marcação de ambas as equipes, pode-se dizer que quem desequilibrou foi o goleiro do Vélez Sarsfield, Barovero, não por belas defesas, mas por ter sido expulso aos 39 min do primeiro tempo.

A partida

O Santos começou bem, logo no primeiro minuto teve uma boa chance de gol. Em cobrança de falta de Elano, faltou pouco para Edu Dracena desviar a bola que passou rente a trave. O time dominava as ações no meio de campo, ficava com a bola, mas pouco produzia em termos ofensivos.

Passado a adrenalina inicial dos 15 primeiros minutos, o Vélez equilibrou o jogo não dando espaços para Neymar, que foi muito bem marcado por Gino Peruzzi, a boa revelação dessa Libertadores de apenas 19 anos. Com a estrela santista sem ação, o time pouco produziu. Apenas nas cobranças de faltas levava algum perigo ao gol adversário.

Sem dar “chutão” o Vélez parecia tranqüilo na partida, marcando a saída de bola santista, obrigava os atacantes do Santos a voltarem para buscar jogo, isso quase anulou a participação de Alan Kardec no primeiro tempo, que quase não tocou na bola. Os argentinos demonstravam segurança e qualidade quanto tinham a bola, saiam tocando de pé em pé, mas também pouco produziu em termos ofensivos. O goleiro Rafael não fez uma defesa sequer no primeiro tempo.

Jogo tipicamente de Libertadores, muito amarrado no meio de campo, onde todos esperam por uma jogada para matar o jogo.

Ela veio, não em gol, mas no aspecto emocional. E veio nos pés de quem se espera algo a mais, Neymar.

O craque santista em velocidade, apareceu livre de marcação e foi derrubado pelo goleiro Barovero, fora da área, sem hesitar, Roberto Silvera o expulsou corretamente. Na cobrança de falta na meia lua, Elano chutou para fora.

Para repor o prejuízo, Garega tirou o atacante, autor do gol na Argentina, Obolo e colocou Montoya.

Segundo Tempo

Na segunda etapa, as coisas mudaram um pouco de figura, para ambos os lados. O Santos ficava mais tempo com a bola, mas não “agredia” o Vélez como a torcida pedia, Neymar continuava muito marcado e se viu obrigado a mudar de lado para poder criar mais jogadas. Já o Vélez se soltou mais e teve boas chances para vencer a partida, ou ao menos, fazer o tão sonhado gol fora.

Em duas oportunidades Vélez Sarsfield poderia ter liquidado a fatura, na primeira, em um lance incrível, Fernandéz passa por dois marcadores e do meio de campo quase encobre Rafael conseguiu desviar para escanteio, no segundo após boa troca de passes a bola sobra pra Martinez recebe na direita e chuta forte, cruzado, mas a bola vai para fora.

A grande chance de gol veio com Alan Kardec, ao melhor estilo Diego Souza, o atacante fica caca a cara com Montoya, mas conseguiu perder o gol.

Muricy mexeu na equipe, fez as três alterações que tinha direito, mas foi com a entrada de Leo no lugar de Juan aos 28 min do segundo tempo que a partida viria a mudar.

O antes apático Santos, que trocava bolas no campo adversário, sem chutes ou jogadas próximas da área adversária, teve uma dose de ânimo e atitude que ficou clara na entrada do lateral. Passou a jogar em cima, marcando a saída de bola e invertendo a todo instante o lado do campo, com Neymar se movimentando muito o gol viria a sair.

Em uma jogada pelo meio, Ganso encontrou Leo dentro da área que desviou a bola para Alan Kardec tocar para o fundo da rede aos 32 min. Alívio e alegria na Vila!

Comemoração Santista após a cobrança dos pênaltis (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)

 Os últimos 15 min foram muito iguais, pouco se viu em termos ofensivos, as equipes pareciam esperar pelos pênaltis e eles vieram.

Os Pênaltis.

Mais “cansado” por terem jogado o segundo tempo inteiro com um a menos, o Vélez demonstrava segurança para as cobranças, assim como o Santos, que têm em seu elenco bons batedores, mas até o caminho da marca da cal, as coisas mudaram.

O diferencial foi o goleiro santista, Rafael desestabilizou os batedores argentinos. Saltando de um lado para o outro, deixando um lado inteiro aberto, mostrando o lado que deveria ser cobrado, os batedores sentiram a pressão e perderam.

O primeiro foi Canteros, que entrou no segundo tempo, chutou por cima e depois Papa, com defesa de Rafael, deixaram o Santos muito perto da classificação.

Com 100% de aproveitamento até então, sobrou para o veterano Leo cobrar o pênalti que definiria a vaga para a semifinal. Ela veio e veio com força, sem chances para Montoya.

Final 4×2 nos pênaltis e vaga assegurada para a próxima fase.

Agora, o Santos fará o clássico paulista contra o Corinthians (provavelmente nos dias 13 e 20 de junho), em locais a serem divulgados pela Conmebol.

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