Meia atacante faz gol relâmpago e se destaca na primeira vitória nas eliminatória.

Por Paulo Edson Delazari

Willian comemora gol relâmpago diante da Venezuela. (Foto: Gazeta Press)

Willian comemora gol relâmpago diante da Venezuela. (Foto: Gazeta Press)

Precisando vencer a Venezuela de qualquer jeito para não aumentar ainda mais o vexame neste início de torneio. E, com atuação melhor do que em Santiago no Chile, Brasil consegue cumprir seu objetivo nesta terça-feira: 3 a 1, na Arena Castelão, em Fortaleza (CE). A vitória trouxe a recuperação e ajudou a acalmar os ânimos. Os gols foram marcados por Willian (2) e Ricardo Oliveira para o Brasil, Santos diminuiu para Venezuela.

O time verde e amarelo alcançou o quinto lugar e, assim, se as eliminatórias acabassem hoje, a seleção estaria classificada para disputar uma repescagem com um time da Oceania. Com três pontos, a equipe canarinho está atrás de Paraguai, Chile, Equador e Uruguai na tabela de classificação. A Argentina estaria fora, pois empatou com o Paraguai em 0 a 0.

Dunga fez apostas no time titular que surtiram efeito. Enquanto Filipe Luis fez a jogada do segundo gol, Ricardo Oliveira fez o terceiro. O nome do jogo, foi o meia Willian, autor dos outros dois tentos brasileiros.

O público no Ceará, aliás, deixou a desejar. Dos 60 mil ingressos colocados à venda, compareceram 38.970 pessoas. A renda foi de R$ 2.722.220,00.

Agora, o Brasil volta a campo no dia 13 de novembro, contra a Argentina, fora de casa. A convocação sairá no dia 22 de outubro.

O jogo

Jogadores brasileiros comemoram gol. (Foto: Gazeta Pres)

Jogadores brasileiros comemoram gol de Ricardo Oliveira. (Foto: Gazeta Pres)

Antes do jogo, o técnico Dunga surpreendeu ao promover a entrada de Alisson na meta titular da seleção brasileira. Ainda apostou no veterano Ricardo Oliveira no ataque, com Filipe Luis ganhando a vaga de Marcelo. Marquinhos substituiu o lesionado David Luiz.

E as apostas do treinador surtiram efeito, especialmente Ricardo Oliveira, que contribuiu com o posicionamento de centroavante, dando mais espaço ao Brasil nas alas do setor ofensivo, e ainda anotou um tento na etapa complementar.

E foi com os espaços dados pela presença de Oliveira que Willian sobrou na partida. Mais aberto pela esquerda, o meia do Chelsea teve liberdade de sobra para se movimentar nas laterais e, assim, foi o principal nome do jogo. Compensando, inclusive, mais uma atuação apagada de Oscar com a camisa canarinho, com direito a vaias no segundo tempo.

Com Willian, a seleção abriu a fatura com um gol relâmpago, ainda aos 35 segundos de partida. Elias errou passe fácil pelo meio, mas a defesa da Venezuela deu bobeira, Luiz Gustavo desarmou e deu para o meia do Chelsea, sozinho, avançar e finalizar. Baroja falhou, e o Brasil tirou o zero do placar.

A defesa foi o ponto fraco da equipe brasileira em Fortaleza. (Foto: Gazeta Press)

A defesa foi o ponto fraco da equipe brasileira em Fortaleza. (Foto: Gazeta Press)

Depois do gol, a seleção aliviou, e a Venezuela assustou em algumas oportunidades. Principalmente em cobranças de escanteio. Alisson parecia nervoso, mas não comprometeu em nenhum momento.

Quando a torcida cearense começou a esboçar vaias à atuação da seleção, eis que o time de Dunga resolveu responder.

Aos 41 minutos, Filipe Luis fez grande jogada pela esquerda, passou por dois adversários e rolou para o meio da área. Oscar deixou a bola passar, e Willian dominou e acertou no canto do gol da Venezuela.

Na etapa final, Dunga manteve a formação inicial após o intervalo. E logo aos 5 minutos, quase o Brasil ampliou o marcador. Douglas Costa fez boa jogada pela ponta esquerda e, sem ângulo, acertou o travessão de Baroja.

Pouco depois, Oscar teve a chance do jogo nos pés. O meio-campista tabelou com Ricardo Oliveira e apareceu sozinho na área da Venezuela, mas em vez de chutar tentou um drible a mais e foi desarmado. Vaiado, viu a torcida pedir Kaká na sequência.

Para piorar, o time visitante diminuiu o placar no lance seguinte.

Christian Santos aproveitou cruzamento de Seijas, venceu Daniel Alves e mandou de cabeça para o fundo da rede. O sistema defensivo brasileiro, mais uma vez, sofreu com as bolas pelo alto e foi penalizado com o gol venezuelano.

Só que o que parecia princípio de novo vexame acabou parando nos pés de Ricardo Oliveira. Ou melhor: na cabeça. No melhor estilo centroavante, o jogador decidiu a fatura em Fortaleza.

Aos 28 minutos, Douglas Costa recebeu pela ponta esquerda, levantou a cabeça e mandou para a área. Amorebieta falhou ao tentar cortar, e o camisa 9, sozinho na pequena área, mandou para o fundo da rede, dando números finais ao placar na Arena Castelão.

FICHA TÉCNICA:
BRASIL 3 X 1 VENEZUELA

Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 13 de outubro de 2015, terça-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Público: 38.970
Renda: R$ 2.722.220,00
Árbitro: Darío Ubriaco (Uruguai)
Assistentes: Carlos Pastorino e Nicolás Taran (ambos do Uruguai)
Cartões amarelos: Douglas Costa (Brasil); Oswaldo Vizcarrondo, Roberto Rosales e Arquímedes Figuera (Venezuela)
GOLS:
BRASIL: Willian, aos 36 segundos e aos 41 minutos do primeiro minuto, e Ricardo Oliveira, aos 28 minutos do segundo tempo
VENEZUELA: Christian Santos, aos 19 minutos do segundo tempo

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Oscar (Lucas Lima), Willian e Douglas Costa (Kaká); Ricardo Oliveira (Hulk). Técnico: Dunga

VENEZUELA: Alain Baroja; Roberto Rosales, Oswaldo Vizcarrondo, Fernando Amorebieta e Gabriel Cíchero; Tomás Rincón, Alejandro Guerra (Arquímedes Figuera), Christian Santos, Luis Seijas (César González) e Ronald Vargas (Jhon Murillo); José Rondón. Técnico: Noel Sanvicente