Com gol de Willian, seleção vence o segundo amistoso seguido na nova era de Dunga, nos Estados Unidos
Por Vladimir da Costa
Na segunda partida realizada nos EUA, agora em Nova Jersey, o Brasil sofreu menos para vencer a segunda seguida na nova era Dunga. Numa formação mais próxima da copa do mundo, com Neymar livre, flutuando pelo ataque, tanto pela esquerda quanto pela direita, o Brasil conseguiu impôs seu ritmo, apesar de não produzir muitas jogadas de gol, foi seguro e conseguiu abrir o placar no primeiro tempo. Uma jogada trabalhada, que já mostra que a seleção treinou e muito jogadas ensaiadas, pouco vista copa.
Quem assistiu ao segundo tempo viu um Brasil mais “preguiçoso, sem grandes pretensões na partida. Apenas arriscou algo, quando o Equador se lançava com mais impeto ao ataque e dava certo espaço atrás. Neymar que comandou o jogo no primeiro tempo ficou sumido na etapa complementar.
Os estreantes Ricardo Goulard, Éverton Ribeiro eram os jogadores que tentavam algo diferente, muito pouco em termos ofensivos para uma seleção marcada por sua qualidade ofensiva. Apesar disso, o Brasil mostrou consistência coletiva. Apesar de sofrer no segundo tempo, foi pouco ameaçado e controlou quase todo a partida, sem sofrer para impor seu ritmo.
A partida
Com mais qualidade técnica, o Brasil começou melhor e teve com Neymar as duas primeiras boas chances de gols. A dificuldade inicial de manter a bola no campo de ataque, foi rompida aos 21 minutos quando Neymar recebeu a bola no meio campo e partiu em velocidade, sem ser alcançado pelos marcadores entrou na área e bateu, mas pegou embaixo da bola que subiu muito.
Apesar da bola marcação equatoriana, o Brasil conseguia desempenhar bom futebol e era mais perigoso. Aos 26 minutos, o craque da camisa 10 cobrou falta e acertou a rede pelo lado de fora.
O gol parecia questão de tempo e veio em uma jogada bem trabalhada do ataque brasileira. Aos 30 minutos, Oscar cobrou falta da intermediária para Neymar, de fora da área lançar de primeira para Willian. O meia estava sozinho e teve apenas o trabalho de dominar, posicionar o corpo e tirar do goleiro.
Com a vantagem, o Brasil que dominava a partida até então, deu uma relaxada e sofreu o primeiro susto na partida. Valencia avançou na área e chutou cruzado, acertando o poste esquerdo de Jefferson que nada pode fazer.
Diferentemente da partida contra a Colômbia, o jogo era tranquilo, com poucas faltas e sem muitos lançamentos longos, o que evitava o choque mais forte entre os atletas.
O segundo tempo começou parecido. O Brasil na boa, sem sofrer pressão, quase abriu o placar com Neymar. Na verdade, o atacante do Barcelona perdeu um gol incrível. Logo aos três minutos, boa trama pela direita, a bola chegou em Danilo que cruzou, rasteiro para a pequena área, Neymar, entre os zagueiros tocou com certa liberdade marcar, mas o camisa 10, sem goleiro, acertou o travessão, a bola voltou para a área mas acabou ficando nas mãos do goleiro.
Pouco a pouco, o Brasil foi diminuindo o ritmo da partida e passava a administrar o resultado. Com os cruzeirenses em campo, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro em campo, o Brasil ganhou em movimentação ofensiva, mas mesmo assim, arriscava pouco a gol.
Sem conseguir armar jogadas ofensivas, a seleção passou a assistir o Equador atacar, que apesar de levar pouco perigo ao gol de Jefferson, ficava mais com a bola,
Aos 15 minutos, a primeira boa chance da seleção equatoriana. Paredes cruzou e Rojas cabeceou para bola Jefferson defendeu parcialmente, e a bola ia entrando quando Filipe Luís afastou em cima da linha. Quase o empate.
Querendo testar jogadores, Dunga fez mais duas mudanças, Colocou o meia Philippe Coutinho no lugar de Tardelli e Elias no lugar de Ramires.
Em campo as mudanças não surtiram efeito e o Brasil parecia não querer jogar para empolgar os poucos mais de 36 mil torcedores presentes (menos da metade da última sexta). O que se percebia nas arquibancadas era um misto de reclamações e frustações dos torcedores.
A primeira chegada mais concreta do Brasil aconteceu apenas aos 30 minutos do segundo tempo. Neymar recebeu na área, tentou driblar o goleiro, mas o arqueiro impede o gol. Na sequência, Éverton chuta, e o Dominguez fez boa defesa.
Os últimos 15 minutos que seguiram foram de um Equador disposto a atacar, com velocidade e movimentação ofensiva diante de um Brasil lento, sem muita vontade e bem postado, para tocar a bola e garantir a vitória. Apenas quando a bola caia nos pés dos estreantes e dos jogadores que tem lugar cativo, o jogo ganhava em velocidade, mas muito pouco, se comparado ao nível da seleção, diante do adversário, que se mostrou apenas esforçado, mas sem muita qualidade técnica para surpreender a seleção que venceu, mas ficou longe de convencer.