Nos Pênaltis, Chile bate a Argentina que amarga seu segundo vice-campeonato em menos de 1 ano.

Por Vladimir da Costa

No duelo dos “azarões”, os donos da casa, pela primeira, levaram sua primeira taça da Copa America. Se por um lado, o Chile, que nunca havia conquistado um título grande. Do outro, a Argentina não levantava um troféu há 22 anos. Eram tabus que, de um lado seria quebrado. Ficou para o time mais aguerrido, coletivo e intenso.

Equipe chilena comemora titulo inédito! (Foto: Miguel Tovar / Latin Content)

Equipe chilena comemora titulo inédito! (Foto: Miguel Tovar / Latin Content)

Assim como a partida. Durante os 120 minutos, a final foi da Copa América foi dramática, tensa, arrastada, brigada e sofrida até o final, justificando a vontade que os dois times tinham de sair da seca.

Somente nos pênaltis, finalmente o Chile conseguiu soltar o grito de “campeão”, com vitória por 4 a 1, que foi finalizada com uma cavadinha de Sanchez. Foi a consagração da melhor geração que o Chile já teve, treinada por um dos melhores técnicos sul-americanos da atualidade: Jorge Sampaoli. Para a equipe de Messi, trivice por seu pais, saiu de campo com a sensação que o brilho individual não suporta grandes competições.

A partida

Com uma formação diferente, Sampaoli resguardou sua defesa na esperança de parar o forte ataque argentino. O volante Marcelo Díaz recuou para jogar como zagueiro, e Gary Medel foi deslocado para o lado esquerdo, encostando mais em Lionel Messi. Além disso, o lateral Isla jogou praticamente como zagueiro para marcar Di María que saiu machucado ainda no primeiro tempo.

Messi e seus companheiros não conseguiram vencer a Copa America. (Foro: Luis Hidalgo/AP)

Messi e seus companheiros não conseguiram vencer a Copa America. (Foto: Luis Hidalgo/AP)

Apesar das mudanças, o Chile jogou uma partida equilibrada. Com o defesa fortalecida, o ataque não teve tanto a obrigação de marcar e os chilenos criaram boas chances.

 O time de Sampaoli criou as melhores chances no primeiro tempo, inclusive com um chutes perigosos de Vidal, Vargas e Sánchez de dentro da área. Valdivia também teve uma boa oportunidade no início, mas preferiu tocar em vez de chutar.

A Argentina parecia perdida. Não conseguia se livrar da marcação adversária e não teve qualidade para aproveitar as chances que tiveram quando chegaram a frente.

Medel se emociona apos sua seleção conquistar a Copa América em seu país. (Foto: Felipe Zanca / Latin Content)

Medel se emociona apos sua seleção conquistar a Copa América em seu país. (Foto: Felipe Zanca / Latin Content)

Bravo fez duas boas defesas, em cabeceio de Aguero e chute de Lavezzi, mas foram lances esporádicos ainda no primeiro tempo. O técnico Tata Martino não conseguiu melhorar o time nem com orientações no vestiário e nem com alterações no segundo tempo.

O Chile teve ótima chance aos 36 minutos do segundo tempo, quando Sánchez recebeu passe na área, mas chutou de primeira para fora, perto da trave. Mas a Argentina ainda assustou nas duas formas que podia: bola aérea e contra-ataque. Primeiro houve um pênalti de Medel em Rojo que o juiz não marcou. Depois Messi iniciou uma jogada que por pouco não terminou em gol de Higuain.

Cansados, na prorrogação, as equipes pouco criaram. Sem velocidade, o tempo extra foi fraco.  A melhor chance veio com Sanchéz mais uma vez perdeu a melhor chance do Chile. A Argentina parecia querer levar para os pênaltis.