De virada Brasil ganha quarto titulo em cima da Espanha
Por Vladimir da Costa
Em uma final anunciada, Brasil e Espanha decidiram a final do Mundial de Futebol de salão em Bangcoc. Atual defensor do caneco o Brasil mostrou porque os espanhóis morrem de vontade de ganhar da Seleção, detentora dos maiores talentos do futsal, modelo de exportação. E não deu outra. O talento decidiu mais um título, dessa vez de virada e faltando apenas 19 segundo do fim.
A Espanha começou melhor, ao seu estilo futebol de campo, sufocou o Brasil durante quase todo o primeiro tempo, mas apesar disso era pouco efetiva no ataque. Nossa Seleção, acanhada atrás.
O goleiro Thiago quase não teve trabalho, assim como o goleiro espanhol. Devido às lesões e sua paralisia parcial do rosto, Falcão quase não entrou em quadra.
Com boa parte do primeiro tempo correndo atrás da bola o Brasil não conseguia uma jogada individual para surpreender os espanhóis que tinham o controle da partida e a frieza necessária para suportar a forte marcação Brasileira.
Já no segundo tempo, com ambos os times mais desgastados, a partida ganhou em emoção e as jogadas de ataque começaram a aparecer. O Brasil, muito acuado atrás começou a etapa final marcando em cima, com Falcão em quadra, teve sua chance logo no inicio com Neto, que por sinal era o mais perigoso em quadra, junto com o brasileiro naturalizado espanhol Fernandão.
E a postura ofensiva deu resultado.
Aos cinco minutos, depois de uma cobrança de escanteio rápida, Neto apareceu como uma flecha e mandou um chute forte, bem colocado, sem chances para o goleiro adversário.
Com o resultado favorável para a seleção brasileira, os espanhóis não tinham outra saída a não ser ir pra cima. Foi o que fizeram.
Com Kike articulando na ala esquerda, a Espanha voltou a ter o controle da partida e não demorou pra chegar ao empate. Em cobrança ensaiada, Miguelín chutou forte, Tiago fez grande defesa, mas Torras mandou para as redes no rebote, para o fazer gol o empate.
Motivada pelo empate não demorou para os espanhóis chegarem a virada. Aicardo chutou de longe, a bola desviou em Fernandinho e entrou no canto direito de Tiago. Os europeus ainda acertaram uma bola no travessão em novo lance de bola parada.
Faltavam 10 minutos para que o Brasil retomasse a confiança para partir pra cima do adversário. E Duas mudanças foram primordiais para que isso acontecesse. A primeira foi a volta de Falcão em quadra e a segunda foi a atuação da seleção com goleiro-linha. E depois de bela jogada no ataque da seleção, a bola caiu nos pés do melhor do mundo, e aí não teve como. Ele dominou, tirou o marcador e mandou um chutaço, no ângulo, sem chances para o goleiro. Empate do Brasil à cinco minutos do fim.
O gol abalou ambos os times, que pararam de atacar e esperavam um erro adversário para surpreender o que não aconteceu e a partida acabou indo para a prorrogação.
A prorrogação seguiu em igualdade, tanto no placar quanto na tensão dentro de quadra. O equilíbrio e as chances perdidas eram quase que idênticas. Muito pragmáticas faltava um lance individual para decidir o jogo.
E esse toque de classe só poderia vir da seleção que mais vezes ganhou a competição. Num lance mágico, de pura confiança e qualidade técnica, o camisa 5 recebeu no meio, passou bonito por Fernandão e mandou um balaço, certeiro, sem chances de defesa, garantindo mais um titulo para nossa multi-vitoriosa seleção.