Peixe joga pro gasto, bate o Mixto e avança para a segunda fase da Copa do Brasil.
Por Vladimir da Costa
Três dias depois de ter pedido o titulo do campeonato paulista para o Ituano, o Santos voltou a campo para mostrar sua força, mas não conseguiu. Visivelmente abatido, o Santos entrou em campo e demorou para mostrar sua força. Apesar do domínio do jogo, o time era pouco contundente e raramente animava a pequena torcida que compareceu a Vila Belmiro.
O Santos entrou em campo com três desfalques. Além de Leandro Damião, que ainda não agradou a comissão técnica e a torcida, o meia Cícero, artilheiro do time na temporada, e o atacante Rildo, também desfalcaram o time por causa lesões. Damião sofre incomodo muscular e Cícero sente dores por causa de um pisão sofrido na final do Campeonato Paulista. Já Rildo sofreu entorse no tornozelo direito.
Mesmo assim, o peixe mostrou melhor preparo e qualidade técnica e venceu o Mixto-MT por 3 a 0 nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, no jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil. O resultado, construído no segundo tempo, com dois gols de Gabigol e um de Arouca, deixaram o ambiente mais calmo para o time que inicia o campeonato brasileiro neste final de semana. No domingo, diante Sport, às 18h30 (de Brasília), na Vila Belmiro, pela primeira rodada da competição nacional.
A partida
A perda do título paulista para o Ituano afastou o futebol rápido e envolvente do time no primeiro tempo, que terminou empatado por 0 a 0. O resultado levaria a decisão para os pênaltis, como ocorreu na final do Paulistão, diante do time de Itu. No entanto, na etapa final, o substituto de Damião brilhou ao
Com o quarteto ofensivo pouco inspirado, o Peixe viu a melhor chance da etapa inicial cair nos pés de Arouca. O volante roubou a bola do zagueiro, tabelou com Diego Cardoso e chutou na saída do goleiro, que fez boa defesa, espalmando para escanteio. O relógio já marcava 31 minutos. Ainda que o futebol apresentado não fosse sombra daquele que encantou o Brasil nos três primeiros meses do ano, a equipe chegou com mais perigo, mas esbarrou na falta de pontaria – Geuvânio quase marcou um golaço em uma bomba de fora da área, mas a bola saiu pela linha de fundo.
O Santos demonstrava dificuldades na criação de jogadas e abusava dos cruzamentos na área. No entanto, as jogadas aéreas não obtinham sucesso devido à baixa estatura dos atacantes santistas.
Antes do final do primeiro tempo, Gabriel ainda obrigou o goleiro do Mixto a fazer duas boas defesas. A primeira em chute de fora da área e a segunda em finalização da marca do pênalti.
O Mixto, por sua vez, jogou atrás da linha da bola e não tinha sequer jogadores suficientes no campo de ataque para puxar os contra-ataques. No primeiro tempo, só chegou ao gol de Aranha em duas cobranças de falta da intermediária, cobradas por Ruy Cabeção, sem causar perigo.
No segundo tempo, Oswaldo arrumou a deficiência do time na armação das jogadas com a entrada de Lucas Lima no lugar de Diego Cardoso.
Pouco tempo depois de estar em campo, aos 14 minutos, Lucas Lima chamou o jogo e serviu Cicinho, que cruzou na medida para Arouca balançar as redes e abrir o placar.
Com a vantagem no placar, o Alvinegro Praiano praticamente liquidou o confronto aos 23 minutos, quando a arbitragem marcou pênalti duvidoso de Ricardo Ehle em Thiago Ribeiro. Gabriel bateu firme e rasteiro para fazer 2 a 0.
Sem assustar o Santos, os jogadores do Mixto começaram a se irritar com todas as marcações de Bráulio da Silva Machado. O Peixe não se envolveu e ampliou a vitória novamente com Gabriel, após passe milimétrico de Geuvânio e um tapa com categoria na saída de Igor, aos 38 minutos para fechar o placar.
Ficha Técnica – Santos 3 x 0 Mixto-MT
Data e hora: 16/04/2014, às 22h (de Brasília)
Local: Vila Belmiro, em Santos-SP
Público: 2321
Renda: R$ 71.754,00
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Pedro Martinelli Christino e Marcos Rogerio da Silva – (PR)
Gols: Arouca 14 e Gabigol 23 e aos 38 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Igor, Denilson, Ricardo Ehle, Ruy Cabeção, Ferreira e João Paulo (Mixto); Alan Santos e Cicinho (Santos)
Santos: Aranha; Cicinho, Neto, David Braz e Mena; Alan Santos, Arouca (Alison) e Thiago Ribeiro; Geuvânio, Gabriel e Diego Cardoso (Lucas Lima) – Técnico: Oswaldo de Oliveira
Mixto: Igor, Denilson, Ricardo Ehle, Robinho e Ítalo; Kiko, Paulo Almeida (Edilson), Gabriel (Leandrinho) e Ruy Cabeção; Fogaça (Ferreira) e João Paulo – Técnico: Ary Marques